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Fundação Pró-Sementes divulga resultado de pesquisa que orienta agricultores sobre escolha correta da cultivar de trigo

Ensaios de Cultivares em Rede (ECR) foram conduzidos em 7 locais do RS com o apoio do Sistema Farsul


A escolha da cultivar a ser semeada é uma das decisões mais importantes tomadas pelo agricultor, podendo definir o sucesso ou o fracasso de uma lavoura. Ciente disso, a Fundação Pró-Sementes realiza, desde 2008, Ensaios de Cultivares em Rede (ECR) de soja e trigo com o objetivo de fornecer informações para nortear a tomada de decisão acerca da cultivar de a ser semeada na safra seguinte, considerando as diferentes regiões produtoras e épocas de plantio.

Na safra de inverno 2016/2016, a unidade de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Pró-Sementes conduziu ensaios em sete pontos representativos do Rio Grande do Sul: Cachoeira do Sul, Cruz Alta, Passo Fundo, Santo Augusto, São Gabriel e Vacaria. O trabalho conta com o apoio do Sistema Farsul. Ao todo, foram implantadas 1.398 parcelas para a avaliação de 34 cultivares de trigo de cinco empresas obtentoras (Biotrigo, Coodetec, Embrapa, OR Sementes e Limagrain) em duas épocas de semeadura.

Os experimentos são implantados e conduzidos de maneira uniforme em todos os locais selecionados, oferecendo ao produtor rural e à assistência técnica informações idôneas das principais cultivares indicadas para cada região. São apresentados dados como ciclo em dias, rendimento em kg/ha e em sacos/ha, além de pH e percentual de rendimento de cada cultivar sobre a média da região.

Em 2016, as condições climáticas ocorridas foram muito propícias para o desenvolvimento da cultura. “Tivemos um período de estiagem na região das missões onde inclusive alguns produtores fizeram o uso de irrigação a fim de garantir boa emergência de plantas e em alguns pontos isolados a ocorrência de granizo” relata a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento, Kassiana Kehl.

Segundo a pesquisadora, o estado é marcado pelo excesso de chuvas na primavera (setembro), período que coincide com o florescimento do trigo. O fato proporciona o aparecimento de doenças de espiga (giberela) a qual afeta diretamente a qualidade da farinha produzida. “Na safra 2016 houve a ocorrência de chuvas intensas, porém a ocorrência foi maior no mês de outubro, período que coincidiu mais com o florescimento das lavouras implantadas na primeira quinzena de julho na região de Vacaria”.

Com relação aos rendimentos médios, Cachoeira do Sul apresentou as maiores produtividades em seguida a região de Vacaria, a qual historicamente vem apresentando as maiores produtividades de trigo no estado. Os rendimentos alcançados pelas cultivares são variáveis, depende na época de plantio e principalmente a região.

Levando em consideração, por exemplo, a cultivar mais produtiva e a cultivar menos produtiva no grupo de cultivares de ciclo precoce em Cachoeira do Sul na primeira época de semeadura, encontra-se uma diferença de 47 sacos, o que representa um ganho de R$ 1.337 por hectare. Esse é o principal objetivo deste trabalho ressalta Kassiana, “O produtor apenas em optar por cultivar “X” ou “y” pode ganhar, ou estar deixando de ganhar em torno de R$ 1.400,00/ha”.

Durante a divulgação dos resultados da última safra, Jorge Rodrigues, diretor e coordenador das Comissões de Grãos da Farsul, destacou a importância do trabalho que serve para orientar os produtores quanto à evolução no desenvolvimento das sementes e existência de cultivares adaptáveis às especificidades locais e enfatizar a importância do uso da tecnologia no campo.

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