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Gás Natural impulsiona os preços dos fertilizantes 

A Rússia está no centro das atenções no fornecimento de gás para a Europa


Foto: Eliza Maliszewski

A crise de abastecimento do gás natural está aumentando o preços dos fertilizantes nitrogenados, já que esta é uma matéria prima para os mesmos, de acordo com informações divulgadas pelo GlobalFert. Nos Estados Unidos, o preço também aumentou, em virtude da alta demanda da Europa e Ásia, com o aumento da procura do Gás Natural Liquefeito (GNL) para redução do uso de carvão como fonte energética. 

“O preço do gás natural europeu já vinha em uma crescente há alguns meses, diante de uma economia que se recupera no pós-pandemia e a demanda em ascensão. Porém, ao final de agosto a situação piorou, com o insumo apresentando um aumento de 12% de uma semana para outra. Na primeira quinzena de setembro, um incêndio de um estratégico cabo de eletricidade que conecta a Grã-Bretanha e a França agravou a situação de fornecimento. Dali em diante, foram aumentos contínuos, com o pico acontecendo entre a última semana de setembro e a primeira semana de outubro, com alta de 34,7%”, comenta. 

Então, os fertilizantes nitrogenados registraram em setembro a importação de cerca de 1,3 milhão de toneladas, sendo 688,6 mil de Ureia, 283,4 mil de Nitrato de Amônio e 325,1 mil de Sulfato de Amônio. “Esses números representam aproximadamente 90% do total de nitrogenados consumidos no Brasil, demonstrando a dependência do país do mercado externo. Nesse cenário, um aumento no custo de produção, como é o caso do gás natural, pode ocasionar em preços elevados e impactar os consumidores brasileiros”, completa. 

“A Rússia está no centro das atenções no fornecimento de gás para a Europa, representando cerca de 43% da chegada do insumo para o continente. Aponta-se o gás natural como um combustível ponte para a substituição de carvão e petróleo em uma era de controle ambiental. Atribui-se também como agravante para a situação do gás, a baixa na oferta do setor eólico, com uma temporada de falta de ventos, direcionando maior demanda para o combustível fóssil”, conclui. 

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