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Governador de MG pede à presidente Dilma aumento do preço mínimo do café

Garantia de R$ 350 por saca seria suficiente para cobrir custos


O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, enviou nesta quarta-feira (03) à presidente Dilma Rousseff ofício solicitando gestões junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para elevar o preço mínimo do café “para um patamar não inferior a R$ 350 por saca de 60 quilos, a fim de que o cafeicultor mineiro possa cobrir o custo de produção, que hoje atinge esse patamar na maioria das regiões produtoras”.

Alegou o governador na carta à presidente que o preço pago pela saca atualmente em Minas está em torno de R$ 300, bem inferior ao valor de maio de 2011, quando o preço da safra atingiu R$ 530. “Essa baixa nos preços do café implicou em significativa perda de renda do setor no país e, por conseguinte, fortemente em Minas Gerais pela sua condição de maior produtor nacional”, ponderou Antonio Anastasia.

A produção brasileira de café na safra 2012/2013, considerados anos de produtividade elevada, foi de 50,8 milhões de sacas de 60 kg, equivalentes a 34% da produção mundial, observou Anastasia na correspondência a Dilma Rousseff, lembrando que “a participação de Minas Gerais no volume produzido pelo país no ano passado foi de 52,9%, visto que a safra mineira atingiu 26,9 milhões de sacas”.

Acrescentou o governador: “Além do mais, há que se destacar que a cadeia produtiva do café em nosso estado emprega cerca de 2 milhões de pessoas, de forma direta e indireta. Outro ponto relevante do grão para a economia estadual é que, no total das exportações realizadas em Minas Gerais, o café ocupa a segunda posição, ficando atrás somente do minério”.

A carta enviada pelo governador à presidente Dilma Rousseff atende à forte reivindicação do setor cafeeiro de Minas Gerais, que vem se empenhando pelo urgente reajuste do preço mínimo do café. No final do mês passado, a revisão do preço mínimo era um dos itens da pauta do Conselho Monetário Nacional (CMN), juntamente com a prorrogação da dívida do setor cafeeiro. O conselho aprovou a prorrogação da dívida por 12 meses, a partir do vencimento, mas não apreciou o reajuste do preço mínimo, que atualmente é de R$ 261,69 a saca de 60 quilos.

Na correspondência, o governador Anastasia enfatiza “a importância da cafeicultura para o Brasil e, em especial, para Minas Gerais”. ”A representatividade desse agronegócio se expressa em grandes números que atestam sua magnitude”, destacou Anastasia. Em 2012, as exportações de café por Minas Gerais somaram US$ 3,8 bilhões, o equivalente a 48% das vendas internacionais do agronegócio mineiro. O café também respondeu por R$ 11,4 bilhões ou 8,6% do PIB do agronegócio mineiro.

Como parte de seu esforço para valorizar a cafeicultura mineira e nacional, o Governo de Minas Gerais irá promover, em setembro próximo, em Belo Horizonte, a Semana Internacional do Café. O evento abrigará a reunião de comemoração dos 50 anos de criação da Organização Internacional do Café (OIC), que representa mais de 70 países consumidores e produtores do mundo. A Semana Internacional do Café também contará com o Espaço Café Brasil, a maior feira do setor na América Latina.

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