Híbridas em pequenas fazendas reduzem desmatamento
"O principal fator de desmatamento é a expansão agrícola na África, América do Sul e Ásia"
Pequenas fazendas na Zâmbia que usam as mais recentes sementes híbridas de milho, além de melhorar a saúde em solos neutros, ajudam a reduzir o desmatamento e combater as mudanças climáticas, relatam pesquisadores da Universidade Cornell este mês na Global Environmental Change. “Cientistas de todo o mundo estão tentando reduzir o desmatamento rápido e a insegurança alimentar, especialmente nos trópicos", disse Johanne Pelletier, pesquisadora de pós-doutorado na Escola de Economia e Administração Aplicada Charles H. Dyson e principal autor do artigo.
"Pequenos agricultores são a pedra angular da segurança alimentar no mundo", disse Pelletier. "O principal fator de desmatamento é a expansão agrícola na África, América do Sul e Ásia. É importante saber o que funciona para melhorar a segurança alimentar e manter as florestas em pé”, completa.
Pelletier realizou esse trabalho como parte do programa NatureNet Science Fellows, um projeto de pesquisa conjunto financiado pelo Centro de Sustentabilidade Cornell Atkinson e The Nature Conservancy. Ela trabalha no grupo de pesquisa liderado por Chris Barrett, professor Stephen B. e Janice G. Ashley na Dyson. "Existem sinergias com o uso de uma semente híbrida moderna e boas técnicas agronômicas para manter solos saudáveis, interrompendo a degradação das florestas tropicais e as mudanças climáticas", disse Barrett, principal autor do artigo.
"Promover uma melhor absorção de sementes de milho entre pequenos agricultores, o que a Zâmbia e muitos outros governos fazem, não apenas aumenta a produção, mas também reduz a pressão sobre as grandes florestas", disse Barrett. "Essas são boas notícias."