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Infestação de gafanhotos destrói plantações na África

Dezenas de milhares de hectares de terras cultivadas e pastagens foram danificados


Foto: Pixabay

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) classificou como uma infestação “extremamente alarmante” a onda de gafanhotos do deserto que assola plantações na África Oriental, especialmente em países como Quênia, Etiópia e Somália. 

Um relatório recente da FAO afirma que este é o “pior surto de gafanhotos do deserto já visto na região em décadas”. “Dezenas de milhares de hectares de terras cultivadas e pastagens foram danificados na Etiópia, Quênia e Somália, com consequências potencialmente graves em uma região onde 11,9 milhões de pessoas já estão com insegurança alimentar. O potencial de destruição é enorme”, diz o relatório da entidade. 

Apenas um enxame de um quilômetro quadrado de gafanhotos pode comer a mesma quantidade de comida em um dia que alimentaria 35 mil pessoas, detalha a FAO. A organização ainda emitiu um comunicado relatando que a infestação dos insetos está se alastrando e chegando ao Oriente Médio. Registros de enxames foram encontrados às margens do Golfo Pérsico, no Kuwait, Barein, Qatar e no sudoeste do Irã. 

No Quênia, país que mais deve estar sofrendo com a infestação, os gafanhotos do deserto causaram danos em uma área superior a 190 mil hectares de plantações e destruíram outros quase 300 mil hectares de vegetação em Wajir, segundo o governador da localidade, Mohamed Abdi.

A preocupação é ainda maior porque mais enxames são aguardados conforme os ventos trazem os insetos do sul. “A criação de animais está em andamento nos dois lados do Mar Vermelho no Egito, Sudão, Arábia Saudita e Eritreia, onde grupos de funis, bandas e grupos adultos imaturos se formaram, o que provavelmente causarão enxames em breve", diz a FAO. 

O governador da região de Mandera (também no Quênia), Ali Roba, disse que mais de 80% das terras da localidade estão sob ataque dos gafanhotos. Roba acrescenta que a estimativa é de uma perda diária de 220 a 350 toneladas de colheitas em virtude dos insetos. A FAO informou que a infestação iniciou na África Oriental em dezembro de 2019.

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