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Investimento em energia solar bateu recordes em 2020

O Brasil possui mais de 350 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede


Foto: Divulgação

Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que 2020 foi um ano muito favorável para a energia solar no Brasil. O volume de investimentos bateu um recorde de R$ 13 bilhões, um crescimento de 52% em oito anos. O número inclui grandes usinas e os sistemas de geração em telhados, fachadas e pequenos terrenos.

Com isso, no ano passado, o setor gerou mais de 86 mil novos empregos. Desde 2012 já são mais de R$ 38 bilhões em negócios e 224 mil postos de trabalho. Em 2020, as contratações cresceram 62% em relação aos empregos acumulados no País desde 2012. Em 2020, o mercado solar fotovoltaico proporcionou mais de R$ 3,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos, acréscimo de 52% em relação ao total arrecadado no período entre 2012 e 2019.

 Em termos de capacidade de geração de energia elétrica limpa e renovável, o Brasil possui atualmente 7,5 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte (geração centralizada) com os pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos (geração distribuída), o que representa mais da metade da potência instalada na usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do Brasil e segunda maior do planeta. Segundo a Absolar, o País saltou de 4,6 GW ao final de 2019 para 7,5 GW ao final de 2020, crescimento de 64%, mesmo em meio a um ano desafiador de pandemia global.
   
Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sétima maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os investimentos acumulados deste segmento ultrapassam os R$ 15 bilhões.

Ao somar as capacidades instaladas nos segmentos de geração distribuída e geração centralizada, a fonte solar fotovoltaica ocupa o sexto lugar na matriz elétrica brasileira, atrás das fontes hidrelétrica, eólica, biomassa, termelétricas a gás natural e termelétricas a diesel e outros combustíveis fósseis. A fonte solar já representa uma potência instalada 32% maior do que a somatória de toda de termelétricas a carvão e usinas nucleares, que totaliza 5,6 GW.

A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração distribuída no País, liderando com folga o segmento. O Brasil possui mais de 350 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade a cerca de 450 mil unidades consumidoras. Ela está presente em todos os Estados brasileiros, sendo os 5 maiores em potência instalada, respectivamente: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Paraná.

“Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil continua com um mercado solar ainda pequeno e muito aquém de seu potencial. Há mais de 85 milhões de consumidores de energia elétrica no País, porém apenas 0,5% faz uso do sol para produzir eletricidade”, afirma Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar.

Segundo o CEO da entidade, Rodrigo Sauaia, a energia solar é mais barata, sustentável e o setor solar fotovoltaico trabalha para acelerar a expansão renovável da matriz elétrica brasileira, a preços competitivos. “Somos a fonte renovável mais barata do Brasil e ajudaremos o País a crescer com cada vez mais competitividade e sustentabilidade”, aponta Sauaia.
 
 

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