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Israel, um país que produz muito em terras desérticas 

A saída foi utilizar sistemas modernos de irrigação


O país de Israel é considerado o maior paradigma da agricultura mundial por conseguir manter uma produção de alto nível com um território majoritariamente desértico. De acordo com dados divulgados pelo Clarin.com, mais de 40% do território é um deserto como o Saara (Neguev, no sul), e o resto é semiárido, com menos de 20% da superfície sendo terra fértil utilizável.  

Já que em Israel só chove entre abril e setembro, e o norte recebe 70 centímetros por ano, enquanto o Neguev recebe menos de 2 centímetros por ano, a água renovável total é de 160 milhões de metros cúbicos por ano, e a agricultura usa 75%, a saída foi utilizar sistemas modernos de irrigação. Ainda segundo o Clarim.com, “a chave para o seu desenvolvimento tecnológico são os sistemas automatizados de irrigação por gotejamento”. 

Isso só é possível, porque Israel é considerado o terceiro país cientifico e tecnologicamente mais avançado do mundo, o que lhe tornou um dos principais exportadores de produtos frescos. As informações dão conta de que a história agrícola israelense é a de um aumento constante na produtividade, com a produção aumentando cerca de 26% entre 1999 e 2009, e o número de produtores diminuindo de 23.500 para 17.000, com 12% a menos de água utilizada. 

“Nesse cenário, mais de 35% dos produtos frescos são vegetais, e as flores são outros 20%, desse total, 36% são destinados ao consumo interno e 22% à exportação. A agricultura israelense satisfaz 95% da demanda doméstica e importa praticamente todos os grãos, óleos, carnes, café e açúcar”, diz a publicação. 

O estado israelense colabora com esse processo destinando 20% do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola do país para a pesquisa e a tecnologia. “A importância do agro israelense ultrapassa o tamanho do produto agrícola, porque a produção mundial de alimentos enfrenta uma escassez de água profunda, e é confrontado com o desafio das alterações climáticas, o que significa que a eficiência no uso da água tem de tornar-se um requisito fundamental”, finaliza o Clarin. 

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