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Justiça dos EUA ordena suspensão do clorpirifós 

A EPA garantiu que os estudos que pretendem confirmar que o clorpirifós é danoso à saúde humana são “inconclusivos e imperfeitos”.


O Tribunal Federal de Recursos da cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, ordenou que a Agência de Proteção Ambiental (EPA) tem 60 dias para retirar o pesticida clorpirifós do mercado. O tribunal afirmou que existem "amplas evidências científicas” que indicam que mínimas exposições ao defensivo podem causar danos nos cérebros de bebês. 

A decisão foi baseada em um estudo de 2012 da Universidade da Califórnia em Berkeley, que indicou que 87% das amostras de sangue extraídas de cordões umbilicais de recém-nascidos continham níveis de clorpirifós. Além disso, os realizadores do estudo disseram que traços do defensivo foram encontrados em fontes de água potável em locais que o uso não era controlado. 

O pesticida é um dos mais usados nos EUA para o controle de pragas, sendo comercializados cerca de 2,3 milhões de quilos pela Dow AgroSciences. O uso do defensivo na agricultura tinha sido banido no governo Obama, mas acabou sendo aprovado depois que Trump assumiu o comando do país. 

Quando vários procuradores-gerais de alguns estados dos EUA moveram ações contra a EPA, para que retirasse o produto de circulação, a Agência garantiu que os estudos que pretendem confirmar que o clorpirifós é danoso à saúde humana são “inconclusivos e imperfeitos”. Nesse cenário, a EPA diz que nenhum dano real conseguiu ser comprovado até agora pela ciência. 

A Dow Chemical, desenvolvedora do produto, poderá recorrer da decisão na justiça norte-americana, no entanto, a Suprema Corte dos EUA só aceita julgar em torno de 100 casos por ano e, só em 2018, milhares já foram apresentados. 

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