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La Niña chega em outubro

Limiares de La Nina serão cumpridos de outubro até pelo menos o final, podendo entrar em 2021


Foto: Pixabay

Mais modelos meteorológicos apontam para a chega do fenômeno climático La Niña já no próximo mês de Outubro, indicando seca para a Região Sul do Brasil. É o que apontam mais modelos meteorológicos pesquisados pelo Bureau Australiano de Meteorologia (BOM), depois que as temperaturas da superfície do Oceano Pacífico tropical continuaram a esfriar neste mês de Setembro.

“Temperaturas mais frias dos oceanos no lado ocidental são um indicador-chave de um La Niña se desenvolvendo no Pacífico que tem o potencial de mudar os padrões de chuva em todo o mundo e impactar a produção global de alimentos”, afirma a T&F Consultoria Agroeconômica.

De acordo com o BOM, “todos os modelos climáticos internacionais pesquisados indicam que os limiares de La Nina serão cumpridos de outubro até pelo menos o final do ano, com cinco dos oito modelos mantendo esses valores até o início de 2021”.

De acordo com o Bureau, isso se compara à sua avaliação no início deste mês, quando disse que “três dos oito modelos pesquisados excedem o limiar de La Nina durante setembro, com mais dois modelos ultrapassando o limite em outubro”. A perspectiva do Bureau, no entanto, permaneceu em ‘Alerta’, o que significa que a semelhança de uma formação permaneceu estática em 70% – cerca de três vezes a probabilidade média – em comparação com uma avaliação anterior há quinze dias.

“A La Niña está associada a condições mais úmidas do que a média na Austrália – que pode impulsionar a cultura do trigo – assim como no norte da Índia, Indonésia, norte do Brasil como parte do sul da África. Ao mesmo tempo, condições mais secas são mais prováveis nos estados do sul dos EUA – impactando negativamente a produção de trigo lá, sul da Índia e sul do Brasil e Argentina – potencialmente dificultando a produção de soja e milho”, diz o BOM. 

O Centro de Previsão do Clima dos EUA calculou a probabilidade de as condições de La Nina continuarem durante o inverno do hemisfério norte com 75% de chance, enquanto a Agência Meteorológica do Japão calculou essa probabilidade em 70%.

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