Limpeza correta mantém eficiência do gotejamento
“Sem a vazão correta, eventualmente, a sujeira se acumula no gotejador"
“Sem a vazão correta, eventualmente, a sujeira se acumula no gotejador " - Foto: Divulgação
A limpeza adequada do sistema de gotejamento é decisiva para manter a irrigação eficiente ao longo do tempo. Em um cenário de instabilidade climática e chuvas irregulares, o gotejamento se tornou ferramenta essencial para garantir regularidade na produção.
Segundo o especialista Matt Clift, é comum que produtores acreditem estar realizando uma limpeza satisfatória, mas sem atingir o fluxo capaz de remover totalmente as sujidades. A falta de velocidade adequada favorece o acúmulo de detritos que obstruem os emissores e reduzem o funcionamento do sistema. Para ser efetiva, a água precisa atingir velocidades mínimas de 0,3 metro por segundo nas linhas laterais e 0,5 metro por segundo nas versões subsuperficiais, garantindo a remoção de lodo e argila que podem se depositar ao longo do tempo.
“Sem a vazão correta, eventualmente, a sujeira se acumula no gotejador obstruindo a passagem de água e comprometendo o funcionamento do sistema. Sem essas medidas, sujidades como lodo e argila que passam pelo conjunto de filtragem podem com o tempo decantar e formando partículas maiores dentro das linhas laterais comprometendo o desempenho do sistema”, diz Clift.
A limpeza deve ocorrer no início, durante e ao final de cada safra, com frequência ajustada à qualidade da água, ao número de ciclos produtivos e ao volume aplicado. A ordem recomendada é lavar primeiro a tubulação principal, depois a secundária e, por último, as linhas laterais, observando a alternância entre água suja e limpa até a completa eliminação dos resíduos.
"A limpeza com água na velocidade adequada não é algo glamoroso, mas é uma das maneiras mais simples de proteger o sistema e garantir uma operação uniforme", endossa Clift.
