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Mandioca transgênica pode melhorar nutrição

Trabalho é uma tentativa de melhorar a dieta de populações africanas


Um novo estudo realizado por pesquisadores do Centro Donald Danforth de Ciências Vegetais, nos Estados Unidos, mostra que as plantas de mandioca que foram geneticamente modificadas para “superexpressar” uma combinação de genes podem acumular concentrações significativamente mais altas de ferro e zinco. As variedades já estão sendo testadas em campos experimentais. 

A chamada "fome oculta" causada pela deficiência de micronutrientes é uma ameaça global à saúde humana, com impactos particularmente sérios na África. Na Nigéria, 75% das crianças em idade pré-escolar e 67% das mulheres grávidas são anêmicas, e 20% das crianças menores de cinco anos sofrem de deficiência de zinco. 

Nesse cenário, os pesquisadores mostraram que os níveis elevados de minerais armazenados na raiz da mandioca "biofortificada" são retidos após o processamento em alimentos comuns e estão disponíveis do ponto de vista nutricional em níveis que poderiam ter um impacto significativo na saúde das populações que consomem mandioca na África Ocidental. De acordo com Nigel Taylor, pesquisador do centro, o estudo pode ser muito importante para o futuro. 

"Este trabalho nos mostrou que é possível aumentar o teor de ferro e zinco das raízes da mandioca, mantendo o rendimento e outras características das plantas que são importantes para os agricultores e consumidores. Também confirmamos que os níveis mais altos de minerais não desaparecem durante o cozimento, o que significa que uma melhor nutrição pode chegar ao prato e ao tubo digestivo”, comenta. 

A pesquisa ocorreu durante um período de dez anos e envolveu mais de uma dúzia de cientistas trabalhando no laboratório, em estufas e em locais de campo.  

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