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Meirelles diz que sinais de recuperação da economia brasileira são sólidos

Segundo ele, a retomada é gradual, mas “não há dúvida de que o clima de pessimismo começa de fato a ceder


Brasília - O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou nessa segunda-feira (17) que “o Brasil mostra sinais mais sólidos de recuperação econômica” em relação a outras nações que foram mais afetadas pela crise financeira internacional.

Segundo ele, a retomada é gradual, mas “não há dúvida de que o clima de pessimismo começa de fato a ceder”.

O comentário foi feito logo depois de Meirelles abrir a exposição Cândido Portinari em Obras, no edifício-sede do BC. A exposição estará aberta à visitação pública até junho do ano que vem. O presidente do BC aproveitou para comentar sobre a exposição. Ele disse que ficou surpreso por ter encontrado um rico acervo de Portinari na instituição, como resultado de intervenções e liquidações de instituições financeiras.

Meirelles enalteceu a importância das artes na memória dos povos, agradeceu a cessão de duas telas pelo Palácio da Alvorada, que foram agregadas à exposição, e disse que o mínimo que o BC poderia fazer em relação ao acervo era dar transparência na preservação dos valores culturais e colocá-los à disposição do público que aprecia a arte.

Ao falar rapidamente com jornalistas, Meirelles reafirmou a confiança em que “a economia terá crescimento mais acentuado neste segundo semestre”, comparado ao desempenho de janeiro a junho.

O economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, compartilha da mesma expectativa. Segundo ele, “a percepção de recuperação se intensifica, diante das boas perspectivas para a retomada da economia doméstica, nos próximos meses, e do reforço do fluxo de capitais estrangeiros na Bovespa [Bolsa de Valores de São Paulo]”.

Campos Neto citou dados da semana passada, segundo os quais o consumo se mantém em ritmo satisfatório, apoiado na manutenção da renda real, no retorno do crédito e na estabilização do mercado de trabalho. Ele ressaltou que a alta de 4,4% no varejo merece uma visão positiva, diante do cenário adverso na qual foi obtida.

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