Elas estão chegando. Coloridas, exóticas, saborosas e nutritivas, as frutas típicas do fim do ano já são maioria nas bancas dos supermercados, quintais, feiras e Ceagesp e, como as mangueiras, elas também enfeitam os quintais e até alguns pontos públicos da cidade. Pêssego, lichia, uvas, melão, melancia, ameixas, abacaxi, mangas, entre outras frutas características dos meses quentes, além de deliciosas, elas são ótimas para refrescar e garantir saúde e energia no calor. E nas festas de confraternização, que já se anunciam, as frutas têm lugar garantido à mesa.
Zito Garcia, secretário municipal de Agricultura e Abastecimento (Sagra), lembra que Bauru significa “cesto de fruta” na língua tupi e que a região é propícia ao cultivo de frutas tropicais, principalmente pelo clima quente. Isso sem falar que, na década de 80, a cidade foi referência em fruticultura. “Com o cultivo rotativo, nesta época do ano o destaque da cidade fica com a colheita de laranja e abacaxi. O cultivo de abacaxi já é tradicional no município e, mesmo com a pouca chuva, a laranja tem surpreendido”, afirma.
O bauruense Armando Yoshiura, um dos maiores produtores de abacaxi do Interior de São Paulo, cultiva o fruto há mais de três décadas e os vende para as cidades de São Paulo, Curitiba, Campinas e Porto Alegre. Com experiência no assunto, ele acredita que o consumidor, mesmo sem saber, aumenta o consumo do alimento na época certa. “As pessoas preferem comer frutas nos meses mais quentes por serem refrescantes, mas acabam consumindo as frutas em sua melhor produção. Isso porque é nesta época que o abacaxi, entre outras, são mais doces e saborosas”.
Além das grandes plantações, como as de abacaxi e laranja, a cidade conta também com uma produção diversificada na agricultura familiar. Zito aponta que o consumidor pode comprar e ver de perto plantações de uva em pequenas propriedades espalhadas pela zona rural de Bauru.
E para quem quer o conforto de encontrar grande quantidade (venda por atacado) e variedade no mesmo lugar, há um leque de opções oferecidas pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) de Bauru. Segundo Augusto Remoli Filho, técnico operacional agrícola da Ceagesp, por causa da produção maior pelo clima quente, uvas, ameixas e pêssego estão com bom preço para o consumidor.
“Essa época do ano aquece o mercado da fruticultura, até pela renda do consumidor que cresce com o 13º salário, por exemplo. Com o calor, as pessoas consomem mais sucos de frutas e também tem a questão das festas e ceias. Estamos em um período em que a oferta é grande, por isso, nada melhor do que uma boa pesquisa”, aponta Augusto.
Escolha certa
E para não errar na compra, a dica do técnico operacional agrícola é primeiro escolher com os olhos. Sentir o frescor e ver se a fruta não tem “machucados” também garante uma boa escolha. “Se um cacho de uvas está deteriorado, ele pode prejudicar os outros da mesma embalagem”, ensina.
Depois das ceias, o preço das frutas tende a cair. Contudo, Augusto orienta o comprador a ficar atento ao aspecto desses alimentos que podem estar muito maduros, “passados”. Outra dica fica com as frutas importadas, normalmente mais caras e bonitas, mas nem sempre as mais saborosas. (APP)
Árvore frutífera ‘enfeita' quintais e até as avenidas
Não é somente nas propriedades rurais, bancas de supermercados, feiras ou Ceagesp que as frutas dão um toque especial com seu colorido e perfume. Nesta época do ano, os quintais e até as ruas da cidade agradecem os enfeites que ganham das árvores frutíferas.
Passando pela Nações Unidas, mesmo rapidamente para trabalho ou em um passeio tranquilo, é impossível não notar a beleza de uma mangueira carregada por frutos na quadra 17 da avenida, em frente ao supermercado Paulistão. Ao seu lado, uma pequena goiabeira florida segue os passos da mangueira.
O cenário se repete em outros cantos da cidade. Moradora da rua Ignácio Alexandre, a agente administrativo Fátima Silveira de Faria se delicia anualmente com as frutas do quintal ao lado da família, amigos e vizinhos. As árvores de manga e lichia já estão carregadas e prometem uma boa “colheita” ao lado das árvores de amora, jabuticaba, caqui, fruta do conde e pitanga que esperam sua vez de frutificar.
“Acho lindo atravessar o quintal e ter fruta fresca e livre de agrotóxicos em casa. É até um gesto de amizade, porque compartilhamos isso com os amigos”, confessa.
Colher e dividir as frutas com familiares, amigos e vizinhos é uma tradição que Fátima aprendeu com os pais já falecidos, Onofre e Mércia.
“Todo fim de ano minha mãe dava um cacho de lichia com um laço para os vizinhos, e eles já esperavam por isso. Era como montar a árvore de Natal. Ela dizia que, quando a família vai bem, a árvore de lichia dá muitos frutos. Coincidência ou não, no ano em que ela morreu, a planta não deu frutos. Em casa, essa divisão é uma tradição”, finaliza.
Frutas ajudam a absorver a gordura de ingestão abusiva
Para quem não resiste às tentações que os pratos típicos das festas e ceias representam no fim do ano, principalmente as carnes gordurosas servidas nos banquetes, nada melhor do que consumir frutas antes e depois da comilança. Segundo nutricionistas, elas são excelentes para reduzir a absorção de gordura, isso devido às fibras presentes.
Segundo a nutricionista e supervisora da Humana Service Taís Baddo de Moura e Silva, outra dica é a ingestão de frutas antes de grandes refeições, isso reduz o apetite e favorece a digestão. Taís ainda aconselha o consumo de frutas da estação por possuírem concentração maior de nutrientes e menor custo.
“Elas contêm água, vitaminas, minerais e fibras. E a frutose, o açúcar natural das frutas, é uma ótima opção para substituir uma sobremesa. As frutas são ideais para os lanches intermediários, já que evitam que a fome chegue exagerada na próxima refeição e quebra o jejum prolongado, algo que é prejudicial para quem quer perder peso”.
As fibras presentes nas frutas são fundamentais para o bom funcionamento intestinal, para redução do colesterol e triglicérides, para auxiliar no controle do diabetes, além de favorecer a saciedade. As frutas em geral possuem benefícios que favorecem também a beleza prevenindo o envelhecimento precoce. A recomendação diária de frutas, segundo Taís, é de 4 a 7 unidades ao dia, de preferência uma diferente da outra para que o organismo receba diferentes substâncias protetoras.
Protetoras da estação
O abacaxi, por exemplo, aumenta a imunidade e auxilia no controle da pressão arterial e na digestão. A manga atua como um protetor celular. Já a melancia, rica em água, favorece a diurese, evita a retenção líquida e previne doenças crônicas. “Seu sabor adocicado agrada o paladar e substitui um doce”, enumera Taís.
O pêssego é um grande aliado na proteção do coração, enquanto a lichia favorece o sistema imunológico e as uvas têm poder de prevenir o corpo humano contra o câncer, além de proteger o sistema cardiovascular. “É ilusão as pessoas acharem que terão saúde e longevidade sem ingerir frutas diariamente”, avalia a nutricionista.
Zito Garcia, secretário municipal de Agricultura e Abastecimento (Sagra), lembra que Bauru significa “cesto de fruta” na língua tupi e que a região é propícia ao cultivo de frutas tropicais, principalmente pelo clima quente. Isso sem falar que, na década de 80, a cidade foi referência em fruticultura. “Com o cultivo rotativo, nesta época do ano o destaque da cidade fica com a colheita de laranja e abacaxi. O cultivo de abacaxi já é tradicional no município e, mesmo com a pouca chuva, a laranja tem surpreendido”, afirma.
O bauruense Armando Yoshiura, um dos maiores produtores de abacaxi do Interior de São Paulo, cultiva o fruto há mais de três décadas e os vende para as cidades de São Paulo, Curitiba, Campinas e Porto Alegre. Com experiência no assunto, ele acredita que o consumidor, mesmo sem saber, aumenta o consumo do alimento na época certa. “As pessoas preferem comer frutas nos meses mais quentes por serem refrescantes, mas acabam consumindo as frutas em sua melhor produção. Isso porque é nesta época que o abacaxi, entre outras, são mais doces e saborosas”.
Além das grandes plantações, como as de abacaxi e laranja, a cidade conta também com uma produção diversificada na agricultura familiar. Zito aponta que o consumidor pode comprar e ver de perto plantações de uva em pequenas propriedades espalhadas pela zona rural de Bauru.
E para quem quer o conforto de encontrar grande quantidade (venda por atacado) e variedade no mesmo lugar, há um leque de opções oferecidas pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) de Bauru. Segundo Augusto Remoli Filho, técnico operacional agrícola da Ceagesp, por causa da produção maior pelo clima quente, uvas, ameixas e pêssego estão com bom preço para o consumidor.
“Essa época do ano aquece o mercado da fruticultura, até pela renda do consumidor que cresce com o 13º salário, por exemplo. Com o calor, as pessoas consomem mais sucos de frutas e também tem a questão das festas e ceias. Estamos em um período em que a oferta é grande, por isso, nada melhor do que uma boa pesquisa”, aponta Augusto.
Escolha certa
E para não errar na compra, a dica do técnico operacional agrícola é primeiro escolher com os olhos. Sentir o frescor e ver se a fruta não tem “machucados” também garante uma boa escolha. “Se um cacho de uvas está deteriorado, ele pode prejudicar os outros da mesma embalagem”, ensina.
Depois das ceias, o preço das frutas tende a cair. Contudo, Augusto orienta o comprador a ficar atento ao aspecto desses alimentos que podem estar muito maduros, “passados”. Outra dica fica com as frutas importadas, normalmente mais caras e bonitas, mas nem sempre as mais saborosas. (APP)
Árvore frutífera ‘enfeita' quintais e até as avenidas
Não é somente nas propriedades rurais, bancas de supermercados, feiras ou Ceagesp que as frutas dão um toque especial com seu colorido e perfume. Nesta época do ano, os quintais e até as ruas da cidade agradecem os enfeites que ganham das árvores frutíferas.
Passando pela Nações Unidas, mesmo rapidamente para trabalho ou em um passeio tranquilo, é impossível não notar a beleza de uma mangueira carregada por frutos na quadra 17 da avenida, em frente ao supermercado Paulistão. Ao seu lado, uma pequena goiabeira florida segue os passos da mangueira.
O cenário se repete em outros cantos da cidade. Moradora da rua Ignácio Alexandre, a agente administrativo Fátima Silveira de Faria se delicia anualmente com as frutas do quintal ao lado da família, amigos e vizinhos. As árvores de manga e lichia já estão carregadas e prometem uma boa “colheita” ao lado das árvores de amora, jabuticaba, caqui, fruta do conde e pitanga que esperam sua vez de frutificar.
“Acho lindo atravessar o quintal e ter fruta fresca e livre de agrotóxicos em casa. É até um gesto de amizade, porque compartilhamos isso com os amigos”, confessa.
Colher e dividir as frutas com familiares, amigos e vizinhos é uma tradição que Fátima aprendeu com os pais já falecidos, Onofre e Mércia.
“Todo fim de ano minha mãe dava um cacho de lichia com um laço para os vizinhos, e eles já esperavam por isso. Era como montar a árvore de Natal. Ela dizia que, quando a família vai bem, a árvore de lichia dá muitos frutos. Coincidência ou não, no ano em que ela morreu, a planta não deu frutos. Em casa, essa divisão é uma tradição”, finaliza.
Frutas ajudam a absorver a gordura de ingestão abusiva
Para quem não resiste às tentações que os pratos típicos das festas e ceias representam no fim do ano, principalmente as carnes gordurosas servidas nos banquetes, nada melhor do que consumir frutas antes e depois da comilança. Segundo nutricionistas, elas são excelentes para reduzir a absorção de gordura, isso devido às fibras presentes.
Segundo a nutricionista e supervisora da Humana Service Taís Baddo de Moura e Silva, outra dica é a ingestão de frutas antes de grandes refeições, isso reduz o apetite e favorece a digestão. Taís ainda aconselha o consumo de frutas da estação por possuírem concentração maior de nutrientes e menor custo.
“Elas contêm água, vitaminas, minerais e fibras. E a frutose, o açúcar natural das frutas, é uma ótima opção para substituir uma sobremesa. As frutas são ideais para os lanches intermediários, já que evitam que a fome chegue exagerada na próxima refeição e quebra o jejum prolongado, algo que é prejudicial para quem quer perder peso”.
As fibras presentes nas frutas são fundamentais para o bom funcionamento intestinal, para redução do colesterol e triglicérides, para auxiliar no controle do diabetes, além de favorecer a saciedade. As frutas em geral possuem benefícios que favorecem também a beleza prevenindo o envelhecimento precoce. A recomendação diária de frutas, segundo Taís, é de 4 a 7 unidades ao dia, de preferência uma diferente da outra para que o organismo receba diferentes substâncias protetoras.
Protetoras da estação
O abacaxi, por exemplo, aumenta a imunidade e auxilia no controle da pressão arterial e na digestão. A manga atua como um protetor celular. Já a melancia, rica em água, favorece a diurese, evita a retenção líquida e previne doenças crônicas. “Seu sabor adocicado agrada o paladar e substitui um doce”, enumera Taís.
O pêssego é um grande aliado na proteção do coração, enquanto a lichia favorece o sistema imunológico e as uvas têm poder de prevenir o corpo humano contra o câncer, além de proteger o sistema cardiovascular. “É ilusão as pessoas acharem que terão saúde e longevidade sem ingerir frutas diariamente”, avalia a nutricionista.