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Metodologias vão aperfeiçoar ZARC

Para 2022, está prevista, ainda, a continuidade das ações visando outros 27 estudos de Zarc nacionais para culturas com necessidades de atualização ou ainda sem estudos de zoneamento


Foto: Marcel Oliveira

A análise de tendências mais recentes na estimativa de riscos e o zoneamento para níveis de manejo devem reduzir os impactos de eventos climáticos severos consecutivos como os ocorridos no País nas duas últimas safras. As metodologias foram apresentadas ontem (24) por especialistas da Embrapa a representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Banco Central, no primeiro dia do workshop da Rede de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que segue até amanhã, na sede da Embrapa Agricultura Digital, em Campinas/SP.

Na abertura do evento, por meio de vídeo, o diretor-executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Guy de Capdeville, enviou mensagem aos integrantes da rede Zarc, “que tem levado segurança ao setor produtivo e agências de financiamento e crédito no suporte à tomada de decisão”, disse. Um caso de sucesso que tem atraído o interesse internacional pelos resultados alcançados em alinhamento com o Mapa e em parceria com o Banco Central, apontou.

O diretor destacou a necessidade de incluir mais cadeias produtivas no Zarc e manter o foco na crescente modernização e refinamento das metodologias de análise. Em referência à seca e geadas que atingiram as safras 2020/2021 e 2021/2022 na região Centro-Sul do País, o  secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Bastos, indicou a necessidade de antecipação de tendências de eventos climáticos de risco, a partir do monitoramento da safra, para orientação de políticas públicas e destinação de recursos em atendimento às áreas afetadas.

O chefe-geral da Embrapa Agricultura Digital, Stanley Oliveira, lembrou que 33 Unidades da instituição integram a Rede, que tem parceiros também entre Organizações Estaduais de Pesquisa na validação das metodologias em campo. De janeiro de 2020 até meados deste ano, a parceria permitiu a conclusão de 23 novos Estudos Nacionais de Zarc. Houve a geração de novos recursos para informação e comunicação digital, como o Zarc Plantio Certo.

Para 2022, está prevista, ainda, a continuidade das ações visando outros 27 estudos de Zarc nacionais para culturas com necessidades de atualização ou ainda sem estudos de zoneamento e o aperfeiçoamento das novas metodologias propostas.

PROGRAMAS DE POLÍTICA AGRÍCOLA 

O painel que abordou avanços e perspectivas da gestão de riscos nos programas de política agrícola contou com a participação do diretor de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola, e do chefe do Departamento de Crédito Rural e do Proagro do Banco Central, Cláudio Filgueiras.

Ao traçarem um histórico dos programas, ambos indicaram a necessidade de atuar junto a pequenos e médios agricultores, difundindo informações que estimulem a cultura da gestão de risco focada em boas práticas de manejo, promovendo a adaptação da produção com redução de riscos, para além da busca pelo seguro rural.

O coordenador da Rede Zarc Embrapa, pesquisador Eduardo Monteiro, destacou a iniciativa do GT, que visa conciliar o estudo de séries históricas à análise de tendências mais recentes para aperfeiçoar a estimativa de riscos. Bem como  o projeto piloto com a cultura da soja, que avalia o potencial e vantagens do zoneamento para níveis de manejo, que tem como objetivo diminuir riscos associados ao solo. As ações foram detalhadas pelos especialistas e recebidas com entusiasmo pelos dirigentes.

ZARC

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático é um estudo agrometeorológico que delimita regiões de produção e épocas de plantio de acordo com suas probabilidades de perda de produção causadas por eventos meteorológicos adversos. As informações podem ser usadas para orientar quais os cultivos viáveis em cada município, o sistema de produção, as melhores datas de plantio, os ciclos mais indicados, as práticas de manejo importantes ou indispensáveis e o seguro rural. 

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