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Micronutrientes fazem a diferença em citros

Quando bem manejados podem refletir em qualidade e produtividade na cultura


Foto: Pixabay

Estudo realizado pelo Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, mostra a importância de manejar corretamente os micronutrientes em citros. Fatores invisíveis a olho nu refletem diretamente na qualidade das frutas e saúde dos pomares.

O levantamento foi feito no Cinturão Citrícola em São Paulo e Triângulo/Sudoeste de Minas Gerais, com cerca de 10 a 15% da área de citros do país. Na análise foram observados micronutrientes como boro,manganês e zinco e feitas recomendações de aplicações anuais. Nas amostras analisadas constatou-se que cerca de 25% apresentaram teores de boro e manganês inferiores ao adequado, enquanto para o zinco esse valor ficou próximo de 50%. Já para as folhas, a porcentagem média de amostras com teores de micronutrientes inferiores ao adequado foram de 8,2%, 22,4% e 36,7%, respectivamente para boro, manganês e zinco.

Segundo o pesquisador do IAC, Rodrigo Marcelli Boaretto, o levantamento é importante para direcionar os produtores. O desequilíbrio nutricional, seja por falta ou excesso, pode comprometer a citricultura. Outro desafio é aumentar a produtividade. Em 1980 eram menos de 20 toneladas por hectare e na safra passada foram 42 toneladas. Também são demanda a precocidade da produção, mudanças climáticas e cultivo de materiais mais exigentes em micronutrientes.

O pesquisador alerta que o aumento no número de produtos na mistura do tanque de pulverização eleva as chances de incompatibilidade entre os componentes e pode diminuir a eficiência na absorção dos micronutrientes pelas folhas. "Embora a adubação foliar tenha sido sempre realizada em conjunto com a aplicação de defensivos, a fim de diminuir os custos operacionais, esse procedimento afeta a eficiência de absorção dos nutrientes pelas folhas", afirma.

As correções de zinco e de manganês devem ser feitas via pulverização foliar. Já o boro deve ser aplicado preferencialmente via solo. Na média, os produtores gastam de R$ 100,00 a R$ 400,00 com os micronutrientes, dependendo do manejo, produtividade e idade do pomar.

O IAC sugere que em pomares em formação, com idade inferior a quatro anos, sejam feitas de quatro a seis aplicações anuais com boro, manganês e zinco nas folhas. Esse manejo deve ser adotado de setembro a maio. Em pomares em produção, a recomendação é de três a quatro pulverizações com manganês e zinco, por ano. Essas aplicações devem ser feitas desde o início da primavera até o final das chuvas, procurando atingir as brotações novas, com as folhas já expandidas na planta. Para a maior eficiência de absorção dos micronutrientes, essas aplicações foliares devem proporcionar bom molhamento das plantas.

*com informações da assessoria de imprensa

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