Milho cai na B3 após lucros

O milho negociado na B3 encerrou a quarta-feira em baixa, segundo informações da TF Agroeconômica, em um movimento de realização de lucros após três pregões consecutivos de valorização. Apesar da correção, os três primeiros contratos do vencimento seguem acumulando ganhos superiores a 2% nos primeiros dias do mês, sustentados por um cenário de exportações firmes e demanda interna ativa, o que mantém os preços sustentados tanto em praças produtoras quanto nos portos.

A retração desta sessão ocorre em um momento em que o atraso no plantio da soja em algumas regiões produtoras adiciona um prêmio de risco ao milho segunda safra, repercutindo diretamente nas negociações da B3. Para os agentes de mercado, o avanço mais lento da oleaginosa aumenta a incerteza sobre a janela ideal de semeadura do cereal, o que pode impactar o potencial produtivo e direcionar decisões comerciais.

Na B3, o vencimento janeiro/26 encerrou a R$ 75,00, baixa de R$ 1,47 no dia, mas alta de R$ 2,01 na semana. O contrato março/26 fechou a R$ 76,48, queda diária de R$ 0,93 e alta semanal de R$ 1,80. Já maio/26 registrou R$ 75,86, recuo de R$ 0,57 no dia e ganho de R$ 1,77 no acumulado da semana.

No mercado internacional, o milho em Chicago teve sessão marcada também por realização de lucros, além de alívio nas tensões envolvendo o Mar Negro. FECHAMENTOS DO DIA – CHICAGO: dezembro subiu 1,21% ou 5,25 cents/bushel, a $ 438,00, enquanto março avançou 1,12% ou 5,00 cents/bushel, a $ 450,00.

Segundo a Reuters, uma reunião de cinco horas no Kremlin entre Vladimir Putin e enviados do presidente dos EUA, Donald Trump, reduziu momentaneamente o temor de restrições às exportações da região. A Ucrânia, porém, segue com forte retração nos embarques, registrando queda de 47% no atual ano comercial, informou o Ministério da Política Agrária e Alimentação do país.