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MS projeta menos soja e custos maiores

Estimativa é de 533 toneladas a menos que a safra anterior, chegando a um total de 12,7 milhões de toneladas


Foto: Eliza Maliszewski

A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) divulgou a expectativa para a safra 2021/2022 de soja no estado. Segundo a entidade o agricultor sul-matogrossense deverá colher um volume de soja inferior ao ciclo passado, quando atingiu recorde. A estimativa é de 533 toneladas a menos que a safra anterior, chegando a um total de 12,7 milhões de toneladas do grão, volume que deve ser colhido de uma área 7% maior, atingindo 3,776 milhões de hectares. A entidade também estima custo 12% maior no atual ciclo. 

Mato Grosso do Sul deve alcançar média de 56 sacas por hectare, previsão menor que a safra passada, quando as condições climáticas garantiram aumento na produção e média de 62 sc/ha. Para a safra 2021/22 as chuvas devem ficar abaixo da média e, para nortear o produtor sobre o clima, uma parceria entre Aprosoja, Famasul e Cemtec/MS (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima) da Semagro, garante a elaboração de um boletim sobre o tema.

Se por um lado a produção deve ficar abaixo, o Estado se destaca pelo avanço na conversão de área para a agricultura. Avaliando a linha do tempo da produção de grãos no Estado, a safra que se inicia representa um avanço de 99,38% em relação à área destinada ao cultivo de soja, quando comparado ao ciclo 2009/2010. "O avanço de área foi de 1,7 milhão para 3,5 milhões de hectares na última safra, em cima de áreas antropizadas ou substituindo culturas já existentes, como pastagem e cana-de-açúcar”, destaca o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.

Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck destaca que de 2015 até agora o Estado incorporou 1,2 milhão de hectares novos na agricultura, graças ao emprego de tecnologia e políticas públicas que garantem a conversão de áreas com sustentabilidade. “Também temos transformado nossas commodities agregando valor à produção e aumentando a demanda pelos grãos. Prova disso que temos 27,15% da safra comercializada sem nem ter sido plantada”.

 

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