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Negociação de commodities agrícolas é tema de discussão em visita à Bovespa

Negociação de commodities agrícolas, por exemplo, milho e soja, é feita por meio do mercado de futuros

Negociação de commodities agrícolas, por exemplo, milho e soja, é feita por meio do mercado de futuros

Participantes do Projeto Futuros Produtores do Brasil, de iniciativa da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-MT) em parceria com os Sindicatos Rurais, conheceram nessa quinta-feira (20/10) o coração do mercado financeiro nacional, a Bolsa de Mercadorias e Futuros e Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa).

Os Futuros Produtores conheceram, durante a palestra “Mercado de Ações e Futuros” ministrada pelo superintendente da Bovespa, Luiz Carlos Cerqueira, o funcionamento do mercado de ações e tiveram uma visão mais detalhada sobre negociações de ações, derivativos financeiros, em especial as operações com commodities agropecuárias. Os jovens também tiveram explicações sobre a história Bovespa, os tipos de ações existentes e a importância de diversificar os investimentos.

Para o diretor de Relações Institucionais da Famato, Rogério Romanini a visita vai auxiliar os participantes do projeto no planejamento do futuro. “Com a educação financeira o jovem terá base para planejar o seu futuro pessoal, bem como, o futuro da propriedade rural. Com isso agregam conhecimento cultural e político e aprendem mais sobre a economia brasileira e mundial e realidade do mercado atual”, disse Romanini.

De acordo com Cerqueira a negociação de commodities agrícolas, por exemplo, milho e soja, é feita por meio do mercado de futuros. “Vou dar um exemplo. Um investidor compra no mercado de futuros da BM&Bovespa um contrato futuro de milho de um produtor. Nesse caso, o produtor se compromete a entregar 100 toneladas do ativo daqui a seis meses, enquanto que o investidor se compromete a pagar R$ 190,00 por tonelada. Nessa transação, o investidor espera poder vender este produto objeto do contrato futuro de milho para algum comprador interessado por um preço maior por tonelada do que pagou, antes da data de vencimento. Assim, ele obterá algum lucro na transação. O investidor precisa ter cadastro em uma corretora de valores autorizada e realizar as transações via  plataformas de negociação”, explicou o superintendente.

O mercado futuro de commodities agrícolas é uma alternativa de investimento para quem atua no agronegócio. “O produtor rural pode utilizar o mercado como um seguro contra eventuais baixas de preços de grãos e vender contratos futuros referentes a uma determinada quantidade de ativos agropecuários. Mas vale lembrar que o mercado futuro é muito arriscado, devido à forte volatilidade e a grande quantidade de especuladores na bolsa”, apontou Cerqueira.

Para o jovem de Porto Estrela, Vinícius Ignácio de Borja Santos, estar na bolsa proporcionou um vasto nível de conhecimento sobre o mercado de ações e futuros. “Aprendemos que ao investir em um contrato futuro, o investidor fica exposto a inúmeros fatores naturais, tais como seca e chuva. Por isso, os preços são bastante imprevisíveis, fazendo com que o pequeno investidor tenha dificuldades na hora de identificar o momento certo para comprar e vender. Por isso fomos orientados a nos qualificar, por meio de cursos oferecidos pela própria Bovespa, estar sempre atualizado com as informações do mercado e acompanhar as cotações”, contou o Vinícius.

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