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No custo do milho o maior desafio do produtor de frangos

Neutralizar as altas do milho será, sem dúvida, o grande desafio a ser enfrentado


 A análise da evolução dos preços do frango vivo e do milho desde janeiro de 2014 mostra que, após “casamento” com duração de um ano (evolução de preços muito similar entre dezembro de 2014 e novembro de 2015), há agora um “divórcio” entre os dois produtos.

No momento, por exemplo, a venda de uma tonelada de frango vivo propicia a aquisição de não mais que 4,4 toneladas de milho, praticamente o mesmo volume que havia sido registrado nos primeiros meses de 2014, mas que se encontra 15% abaixo da média registrada nos últimos 25 meses, além de apresentar uma redução de 36% em relação ao pico alcançado nesse período (quase 7 mil toneladas em setembro de 2014).

É ruim, sem dúvida. E, infelizmente, é apenas o começo. Pois, balizado pelo mercado externo e, também, pelo dólar em contínua valorização, o milho deve permanecer em alta. 

Já o frango, dificilmente escapará da sina que tem marcado o setor a cada novo primeiro semestre – período de baixa de preços correspondente à safra da carne bovina.

É verdade que, há tempos, a carne bovina não sai da “entressafra” (o que, teoricamente, deveria favorecer a manutenção de preços do frango). Mas as restrições econômicas enfrentadas pela população tendem a afetar profundamente a demanda – especialmente nos meses iniciais do ano, período em que o consumidor é onerado pelos IPTUs e IPVAs, pelos reajustes dos preços públicos (transporte, energia, telefonia) e pelas dívidas deixadas pelo Natal.

Existem outros. Mas neutralizar as altas do milho será, sem dúvida, o grande desafio a ser enfrentado e vencido pelo avicultor neste primeiro semestre.

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