Óleo de soja está em falta e deve piorar
“Há, porém, nesse começo do ano, um complicador a mais"
O óleo refinado de soja tem se apresentado cada vez mais escasso no mercado de varejo, em vista de fatores que incluem a exportação do grão e a própria falta de soja para esmagamento nesta virada do ano, que também foi largamente exportada. A informação foi divulgada pela TF Agroeconômica.
“Há, porém, nesse começo do ano, um complicador a mais para os varejos que buscam pelo produto: os leilões de biodiesel do governo, que têm buscado garantir compras para atendimento ao percentual mínimo obrigatório de 12% na adição do diesel, estão esgotando ainda mais as possibilidades. O governo, através do Ministério de Minas e Energia, já havia rejeitado a proposta da frente parlamentar do biodiesel, do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS), a qual defendeu que a medida seria importante para uma retomada econômica, através da substituição de um combustível importado por um de base nacional”, comenta.
Embora tenha sido rejeitado um aumento de B12 para B13, a mistura vigente já apresenta impactos na cadeia. “Um de nossos correspondentes relatou que, caso tivesse óleo para vender hoje no varejo, teria venda disponível para todo o seu estoque (mostrando o potencial da demanda), porém, em razão dos leilões, ficou sem o produto em sua representação comercial”, completa.
A Petrobras buscou realizar dois leilões de dezembro pra cá. “O primeiro, de número 77, negociou no dia 7/12, 1.18 bilhões de litros. O preço médio de negociação foi de R$ 4,425/L, com patamar total de negociações em R$ 5,21 bilhões. No leilão, 43 empresas foram habilitadas, sendo que a capacidade total ofertada foi de 1,7 bilhões de litros”, conclui.