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Ovinocultora de Pinheiro Machado é homenageada na Expointer

Prêmio presta uma homenagem ao empreendedorismo daqueles que ajudam a construir a agropecuária do Estado


Em uma propriedade isolada, distante 90 quilômetros do centro da cidade de Pinheiro Machado, uma ovinocultora inovou ao comprovar que a silagem de colostro dos bovinos é uma alternativa eficaz e barata para salvar os cordeiros que sofrem com a falta de alimento. Na próxima quarta-feira (2) a iniciativa de Zanete Camargo e da extensionista da Emater/RS-Ascar Elizabeta Neitzke, que a conduziu neste processo, será reconhecida: ambas receberão o Troféu Pioneirismo Rural na Expointer.

Esta é a segunda edição do prêmio, que presta uma homenagem ao empreendedorismo daqueles que ajudam a construir a agropecuária do Estado, além de valorizar os extensionistas que apóiam o desenvolvimento das comunidades rurais. Foram selecionados produtores e técnicos das 10 regiões administrativas da Emater/RS-Ascar, de acordo com sua capacidade de superação, iniciativa inovadora e criatividade.

No caso de Zanete, a ideia surgiu em uma reunião da comunidade, quando a se queixou para a extensionista de que não havia leite suficiente para alimentar o grande número de cordeiros gêmeos nascidos na propriedade. Muitos não resistiam – apenas no ano passado, antes de adotar a técnica, Zanete perdeu 10 animais por falta de alimento, um prejuízo de R$ 700.

"Dei a ideia de fazermos uma mamadeira com a silagem de colostro e, no outro dia, ela percorreu quase 100 quilômetros para buscar a primeira garrafa no nosso escritório", conta Elizabeta. A partir de então, o marido de Zanete, Carlos Camargo, passou a fazer a silagem. Ele retira o leite da vaca nos cinco primeiros dias após o parto e o armazena em garrafas pet, sem a presença de ar.

Diluído em um litro de água, um litro de silagem alimenta 10 cordeiros durante 10 dias, sem nenhum custo adicional. "A silagem do colostro de ovinos pode ser utilizada na alimentação de qualquer animal", garante a extensionista da Emater/RS-Ascar, que desenvolveu a técnica, Mara Saalfeld Zanete conta que o prêmio é um incentivo para que ela continue lutando por seus cordeiros. "Trabalhamos duro todos os dias e ninguém fica sabendo. Fico muito feliz em ver esse esforço ser reconhecido", diz. As informações são da assessoria de imprensa da Emater-RS.

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