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País americano ganha laboratório contra ferrugem do café

Laboratório de Biologia Molecular vai focar em novas variedades tolerantes à seca


Foto: Pixabay

A Costa Rica, país da América Central, inaugurou um Laboratório de Biologia Molecular com foco em combater a ferrugem do café, desenvolver novas variedades e material genético do grão e identificar plantas mais tolerantes à seca e mais resilientes à mudança do clima, o que contribuirá para a sustentabilidade da cafeicultura dos países da América Central e do Caribe.

A finalidade do laboratório é ajudar os pequenos e médios produtores afetados economicamente, para que possam ter as mesmas oportunidades que os grandes cafeeiros de manter a atividade cafeeira. “Por meio da seleção molecular, podemos identificar quais são as variedades ou a combinação que devemos fazer geneticamente para obtermos plantas e genética de grande rendimento e capacidade de adaptação à mudança do clima. Estamos otimistas de que logo serão disponibilizados materiais genéticos que também beneficiarão a qualidade final da xícara de café”, destaca Xinia Chávez, Diretora Executiva do Instituto do Café da Costa Rica (Icafe).

A ferrugem do café ou ferrugem das folhas do café, é uma doença devastadora que ataca os cafeeiros, levando frequentemente à perda de colheitas e de plantações inteiras. É causada pelo fungo Hemileia vastatrix, que provoca queda precoce das folhas e seca dos ramos. A doença incide em vários países do mund, inclusive o Brasil, onde chegou na década de 70, pela Bahia, espalhando-se por todas as regiçoes cafeeiras. Uma das melhores formas de controle é o uso de variedades resistentes.

A Costa Rica tem tradição em bons cafés, famosa por seus cafés lavados de alta qualidade que conquistaram o mundo. No início da década de 1990, a cafeicultura local estava no auge, com exportações acima de 2 milhões de sacas por ano. Depois de anos em queda, na safra passada o país teve o melhor desempenho das últimas três safras, com crescimento da produção em função da renovação dos cafezais.

O centro de pesquisa fica na sede o Icafe, na cidade de San Pedro de Barva, e teve o apoio conjunto da União Europeia (UE) e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que implementam o Programa Centro-Americano de Gestão Integral da Ferrugem do Café (PROCAGICA); bem como do Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (CATIE) e do Programa Cooperativo Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e a Modernização da Cafeicultura (PROMECAFE).

 

 

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