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Pesquisa identifica gênero de gramínea boa para os Campos Gerais

Depois de quatro anos de trabalho de campo e mais seis meses para tabulação dos dados, os resultados alcançados foram apresentados pelo Iapar


Obter forrageiras que, além de bom potencial produtivo e nutricional, possuam distribuição satisfatória ao longo do ano, especialmente no outono e no fim do inverno, são alguns dos objetivos das pesquisas com gramíneas perenes, na Unidade Regional de Pesquisa Leste do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), em Curitiba.

Depois de quatro anos de trabalho de campo e mais seis meses para tabulação dos dados, os resultados alcançados foram apresentados no boletim técnico “Gramíneas do gênero Cynodon avaliadas na região dos Campos Gerais da Lapa”, de autoria do pesquisador José Lino Martinez. “Uma preocupação que nós temos é que os estudos com plantas forrageiras não sejam feitos num curto espaço de tempo. É importante um período de avaliação maior, para que os resultados obtidos aproximem-se da situação que é encontrada nas propriedades”, ressalta Martinez.

Fazem parte do gênero Cynodon cultivares como a Tifton 85, Estrela Ipeame, Coastcross-1 e Florona. Segundo o pesquisador, pode-se observar pelos resultados que alguns materiais mostraram boa adaptação à região dos Campos Gerais da Lapa. “As gramíneas do gênero Cynodon são bastante versáteis. Apresentam características morfológicas e de qualidade, que atendem ao forrageamento não só para bovinos, mas também para outros herbívoros, como bubalinos, equídeos e pequenos ruminantes: caso dos caprinos e ovinos, cuja criação tem sido bastante fomentada no Paraná”, explica Martinez.

Ele destaca, ainda, que, embora os estudos tenham sido conduzidos nos Campos Gerais da Lapa, as gramíneas avaliadas podem ser cultivadas em todo estado. “Mas é importante observar que os resultados da publicação se referem à região dos Campos Gerais. Em outras regiões, como Norte do Paraná, por exemplo, eles podem variar em função das condições de clima e solo”.

Acerca do boletim técnico, publicado em julho, Martinez conta que o intuito foi realizar uma abordagem clara e objetiva, que possa servir como fonte de consulta a uma ampla faixa de público. “Embora seja um boletim técnico, ele foi escrito em linguagem simples, objetiva, e atende a todos os públicos: pesquisadores, técnicos, produtores e estudantes”.

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