As projeções realizadas pelas entidades que representam o setor produtivo mato-grossense indicam crescimento de todas as principais culturas estaduais, exceto, milho e pecuária (veja quadro). A expectativa inicial para a safra 2004/05 revela um crescimento de área plantada de 12% na cotonicultura, de 5% na rizicultura e de 11% na sojicultura, com demanda de investimentos na ordem de R$ 12 bilhões.
O diretor de Política Agrícola do Ministério, José Maria dos Anjos, preferiu não estimar o volume dos recursos que o governo federal disponibilizará a partir de junho. "Ainda estamos catalogando informações. É cedo para projetar valores", justifica.
Apenas um terço da safra nacional está amparada por recursos federais. O atual ano agrícola recebeu como investimentos pouco mais de R$ 32 bilhões, sendo que R$ 20 bi já foram aplicados, ou seja, 63% do montante já saiu do governo "e ainda restam as safras de inverno, a do Nordeste, as safrinhas e a comercialização", alerta o técnico do Mapa, Wilson Vaz.
Os representantes do Ministério tentam chamar a atenção para o fato de terem aplicado até o final do ano passado 15% a mais de volume do que o injetado no mesmo período de 2002. Revelam também que mais de 80% dos volume financiado foi a juros fixos e que em abril o Moderfrota receberá recursos.
O gerente de mercado de agronegócio do Banco do Brasil, Olímpio Vasconcelos explica que houve um crescimento de aplicações nas lavouras estaduais. Somente para o custeio a atual safra recebeu cerca R$ 1,2 bi, contra R$ 620 milhões da safra 02/03. "Para este plano que está em estudo estimamos que a demanda em Mato Grosso superará R$ 1,5 bi", analisa Vasconcelos.
Recursos
A aprovação de uma medida provisória autorizando o repasse de R$ 1 bilhão do BNDES injetará R$ 260 milhões no Estado que serão utilizados para projetos aprovados a espera de recursos.