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Projeto prevê melhoria da qualidade do solo na Serra Gaúcha

O aumento das áreas com plantas de cobertura e de melhoramento de campo nativo com introdução de espécies forrageiras


Foto: Divulgação

O aumento das áreas com plantas de cobertura e de melhoramento de campo nativo com introdução de espécies forrageiras e a elevação do teor de matéria orgânica no solo serão os indicadores utilizados para mensurar a melhoria da qualidade do solo de três mil propriedades da Serra Gaúcha. O projeto foi apresentado pela Emater/RS-Ascar e Universidade de Caxias do Sul (UCS) em evento online na tarde desta quarta-feira (28/04), para prefeitos e secretários da Agricultura de 49 municípios da região. O presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, e o reitor da UCS, Evaldo Kuiava, participaram do lançamento.

O Projeto Regional para Melhoria da Qualidade do Solo das Culturas e Criações na Serra Gaúcha visa promover o uso correto dos solos, garantindo a sustentabilidade dos sistemas e tendo como consequência a melhora dos rendimentos das culturas e criações; a realização de ações articuladas que viabilizem o uso correto dos insumos através de capacitações para agricultores e técnicos envolvidos no projeto; e a orientação no uso de práticas e técnicas de manejo do solo. O projeto prevê a execução de atividades individuais e coletivas, como coleta de solo para análise, visitas para acompanhamento e orientações técnicas e capacitações, e terá a duração de quatro anos.

“Um solo bem manejado, mais cuidado, menos compactado, retém água e nutrientes fundamentais para a produção e produtividade agrícola, trazendo mais qualidade de vida e renda para as famílias”, destacou Sandri. 

A fim de demonstrar os resultados possíveis, o extensionista rural da Emater/RS-Ascar Tiago Oliveira Figueiredo apresentou um estudo de caso de plantas de cobertura para uso, manejo e conservação do solo em uma propriedade rural do município de Guaporé. A ação desenvolvida pela Extensão Rural, que incluiu a implantação de curvas de nível, orientações de correção e adubação do solo, a implantação de plantas de cobertura e a rotação de culturas, transformou uma área que tinha solo exposto, compactado, sulcos, plantas espontâneas e soja guaxa em um solo saudável, com retenção de água e nutrientes, redução de infestantes e sem erosão, melhorando o potencial produtivo.

E para que haja essa melhoria, uma das etapas é a realização de coleta e análise de amostras de solo, assim como análise de tecido vegetal, serviços que serão prestados no projeto pelo Laboratório de Solos da UCS e que foram apresentados pela engenheira química Taciane Ribeiro. “A realização da análise de solo é importante para o aumento da produtividade, da eficácia e da qualidade do solo e recursos hídricos das propriedades e para a melhor aplicabilidade dos recursos financeiros”, salientou.

No projeto, esdas análises terão subsídio através do Bônus Metrologia, que é uma parceria do Sebrae, Rede Metrológica RS e laboratórios reconhecidos, que foi apresentado pelo engenheiro químico da UCS, Jadison Fabrício de Souza. Ele explicou que os produtores poderão utilizar o bônus metrologia, que oferece subsídio de 60% nas análises em relação ao valor praticado pelo laboratório.

Também serão parceiros no projeto as prefeituras, Sebrae e laboratórios de solos credenciados na rede oficial de laboratórios de análises de solos do RS e SC.

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