Qual a importância da Certificação de Sementes?

 O sucesso de uma lavoura começa na qualidade da semente e a exigência para que se produzam sementes de qualidade é cada vez maior. Nesse processo a Certificação de Sementes surge como uma importante aliada dos sementeiros.

Os controles da semente acontecem em todo processo produtivo. Uma das etapas mais importantes é a vistoria no campo onde engenheiros agrônomos observam períodos de floração e de pré-colheita. É feito o acompanhamento, a fim de avaliar a conformidade dos campos e detectar potenciais problemas relacionados aos padrões das espécies, verificando se estão de acordo com a legislação brasileira de sementes.

Segundo o engenheiro agrônomo e Responsável Técnico da Funfdação Pró-Sementes, Igor da Silva Lindemann, que supervisiona as atividades de auditoria no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, as vistorias de floração são essenciais para avaliar o cumprimento dos padrões estabelecidos pelo Ministério da Agricultura. “Avaliamos as condições do campo e identificamos se há mistura genética entre cultivares, por exemplo,” explica.

Atualmente,  somente a Fundação Pró-Sementes realiza as vistorias em mais de 2.500 campos, distribuídos nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Mais de nove mil lotes de sementes são amostrados, e para dar conta de todo esse trabalho, estão envolvidos no processo aproximadamente 50 engenheiros agrônomos, altamente capacitados e distribuídos nas diferentes regiões produtoras de sementes do país.

“O trabalho de certificação proporciona segurança ao produtor de sementes, assim como ao agricultor. É um mecanismo que fortalece a confiança de quem produz e de quem compra,” explica o engenheiro agrônomo Doutor Jonas Pinto, coordenador de Certificação de Sementes da Fundação Pró-Sementes.

Ao adquirir sementes certificadas, o produtor terá à disposição um material que atende aos padrões de qualidade exigidos pela lei. Além disso, contará com sementes de alta qualidade, física e fisiológica, além de origem comprovada. 

As sementes piratas ou ilegais não proporcionam padrões de qualidade e fitossanidade e são potenciais disseminadoras de pragas, ervas-daninhas e doenças. O uso em larga escala tende a acelerar a degeneração das variedades, reduzindo o potencial produtivo e a qualidade das próximas gerações.

* com informações da assessoria de imprensa