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Rabobank lança mapa do hortifruti mundial

Fazendas verticais também crescem


O Mapa da Fruticultura Mundial, divulgado pelo Rabobank, mostra o fluxo de comércio de vegetais e destaca algumas tendências globais no setor, como a crescente importância da produção em estufas e fazendas verticais, bem como a popularidade dos orgânicos.

O mercado global de vegetais é ainda predominantemente um mercado local. Somente 5% dos vegetais são comercializados internacionalmente. Mas a participação está crescendo. A facilidade de acesso ao mercado é vital para países focados na exportação como México, Espanha e Holanda. Na última década, o México expandiu sua posição proeminente no mercado norte-americano e o mercado doméstico da União Europeia continua a crescer.

Cerca de 70% dos vegetais cultivados no mundo são vendidos como frescos. O mercado ainda está crescendo, principalmente fora dos Estados Unidos e da EU. O processamento de vegetais (resfriamento, preservação e secagem) é uma boa forma de prevenir desperdício, mas o consumo global de vegetais preservados (enlatados) baixou na última década. Ao mesmo tempo, a demanda por vegetais congelados cresceu a uma média de 1% por ano. As tendências de demanda parecem mais favoráveis aos vegetais que são convenientes para comer e preparar, e ir bem com as redes sócias em função de efeitos na saúde ou apelo visual. Os exemplos são todos os tipos de saladas e batata-inglesa. A importações europeias de batata-inglesa, principalmente dos Estados Unidos, triplicaram nos últimos quatro anos.

Os alimentos orgânicos estão ganhando participação de mercado em todo o mundo. A participação no mercado de hortifruticultura já ultrapassou 10% em países ricos como Suíça, Suécia, Áustria e Dinamarca. Nos Estados Unidos essa participação é de 9% e crescendo rapidamente. A renda não é o único determinante para o consumo de orgânicos. Na Holanda, a renda média é similar a Suécia ou Áustria, mas apenas 5% do mercado é de orgânicos. As razões por trás disso não são claras, mas isso é provavelmente relacionado às decisões de categoria, preços, disponibilidade e qualidade dos supermercados e aspectos culturais.

Como a maioria dos vegetais são altamente perecíveis, a facilidade de acesso de mercado é essencial. Na América Latina e África, os vegetais são vendidos principalmente regionalmente. Custos de produção, risco climático, valor cambial e acordos comerciais desencadear fluxos de comércio de vegetais. As mudanças nos tratados de livre comércio como o Nafta (América do Norte) e União Europeia afetarão negativamente o comércio. Na última década, o México expandiu ainda mais sua posição de “horta da América do Norte”. Espanha e Holanda são exportadores de vegetais fortes dentro da EU. O Marrocos emergiu com forte fornecedores de vegetais ao mercado europeu.

Uma grande mudança no mundo dos vegetais é o crescimento de novos países importadores. Antes, a importações eram concentradas na América do Norte, Europa ocidental e Japão. Mas gradualmente, países como Índia, China e Emirados Árabes tiveram suas importações crescendo. A Rússia também demonstra um crescimento em comércio, apesar das sanções de 2014 que bloquearam produtos dos Estados Unidos, Europa e vários países. Atualmente, Bielorrússia, Marrocos, China, Armênia e Azerbaijão são importantes provedores de vegetais para os russos.  

Globalmente, existe uma crescente necessidade de vegetais que estão disponíveis anualmente, produzidos em forma segura e de maneira eficiente e de alta qualidade. Consequentemente, a produção em estudas e fazendas verticais está crescendo. A área de estufas é estimada em 500 mil hectares. Recentemente, as fazendas verticais têm surgido em todo o mundo, principalmente no Hemisfério Norte, próximo a concentrações populacionais.

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