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Região Sul do RS se destaca na lista dos produtores

Enquanto Santa Cruz aparece em sexto lugar, o município de Canguçu surge como o primeiro pelo terceiro ano consecutivo


Na região Sul do Rio Grande do Sul, o tabaco chegou para ficar. Conforme dados divulgados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), entre os dez maiores produtores do Estado, cinco são daquela região. Em primeiro lugar pelo terceiro ano consecutivo, Canguçu surge com uma produção estimada de 22,8 mil toneladas na safra 2018/19. Há dez anos, o município era o quarto na lista, atrás de Venâncio Aires, Santa Cruz e Candelária.

Entre os cinco primeiros, São Lourenço do Sul surge em terceiro e Camaquã em quinto. A produção santa-cruzense aparece em sexta posição na lista, com 12,7 mil toneladas. Contudo, o gerente do Departamento de Supervisão Técnica da Afubra, Paulo Vicente Ogliari, ressalta que os dados consolidados poderão ser publicados somente em julho, quando a entidade deve contar com o relatório final da safra.

Ogliari acredita que, por aqui, o produto vem perdendo espaço em razão de uma série de fatores. Entre eles, destaca as emancipações, que acarretaram em perda de área física em municípios como Santa Cruz do Sul, além da migração para outras culturas e, também, a redução do número de produtores, com a aposentadoria no campo. Outra possibilidade para a redução do número de fumicultores no Vale do Rio Pardo é a escolha de alguns em deixar o campo para atuar nas cidades, especialmente junto às indústrias.

Enquanto isso, o Sul desponta. Há dez anos, por exemplo, Canguçu somava 14,2 mil toneladas, em uma área de 9.321 hectares – na safra atual são 10.275. Naquela época, Pelotas sequer aparecia entre os principais produtores de tabaco. Hoje, surge em décimo, com quase 7,7 mil toneladas do produto, cultivadas em uma área de 3,5 mil hectares por quase 2 mil fumicultores.

“O Sul está descobrindo o ganho econômico do tabaco. Também estão investindo em tecnologias, com lavoura irrigada, por exemplo, o que pode garantir uma produtividade superior ao normal. Outra característica é que eles plantam mais tarde. Nessa época tem gente, no Sul, que recém está terminando a colheita. Aqui na região já se está pensando em plantar a nova safra”, afirma Ogliari.

Cuidado com a umidade

Diante do tempo chuvoso, quem ainda tem tabaco nos galpões precisa ficar atento. Conforme Paulo Vicente Ogliari, da Afubra, é fundamental que o produto fique em local sem contato com a umidade, preferencialmente sob lençol plástico. Outra possibilidade é vendê-lo o mais breve possível.

Enquanto isso, diante de 69% da safra 2018/19 vendida, outros agricultores começam a planejar o próximo plantio. Na região, por exemplo, mais de 70% já semearam seus canteiros. “Na parte baixa passa de 90%”, comenta Ogliari. Com o atraso do frio e a continuidade da chuva, os fumicultores também poderão perceber uma aceleração na germinação das sementes e o desenvolvimento mais rápido das mudas.
 

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