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Reunião traz novo alerta sobre Peste Suína Africana

Encontro contou com a presença do coordenador dos Programas Nacionais de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura, Jorge Caetano Júnior


Reunidos em Porto Alegre, quase 30 representantes de produtores, agroindústrias, universidades e serviço veterinário privado e oficial debateram as ameaças sanitárias que a suinocultura gaúcha enfrenta. Juntos, o Conselho Técnico Operacional de Suinocultura do Fundesa, e o Comitê Estadual de Sanidade Suína buscaram pontos em comum para a prevenção e o controle de enfermidades que podem atingir o rebanho suíno.

O encontro contou com a presença do coordenador dos Programas Nacionais de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura, Jorge Caetano Júnior.  Ele destacou a importância de uma reunião como esta para a proposição de políticas a serem adotadas, tanto pelo serviço veterinário oficial, quanto na iniciativa privada. “São medidas que devem ser discutidas nacionalmente, levando e conta a particularidade de cada região. O RS tem uma preocupação adicional em função da fronteira seca com outros países”, destacou.

Uma das enfermidades abordadas foi a Peste Suína Africana. A doença já está presente em vários países e praticamente tomou todas as regiões da China. Conforme o representante da Associação dos Criadores de Suínos do RS, Flaury Migliavaca, se essa doença chegar a ser registrada no Brasil, os prejuízos são incalculáveis. “Será o fim da suinocultura brasileira. Por isso todo o cuidado é pouco”. Ele se refere às medidas de biosseguridade que consistem, em primeiro lugar, na restrição de acesso de pessoas estranhas às granjas. O controle da origem dos insumos e produtos também faz parte dos cuidados a serem tomados.

Algumas indústrias, especialmente as exportadoras, estão trabalhando com medidas extremas para evitar o ingresso de quaisquer vírus nas granjas integradas. A empresa Aurora Alimentos, que tem plantas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, não permite o acesso de visitantes como vendedores, técnicos e até mesmo representantes do serviço veterinário de outros países. “Depois da chegada à cidade e após banho e troca de roupas, acomodamos a comitiva em uma van, na entrada da propriedade e transmitimos, através de uma chamada de vídeo, imagens e documentos de dentro da granja, com o responsável técnico e o proprietário respondendo eventuais perguntas”, explica a médica veterinária Eliane Núncio, da Aurora.

Segundo o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, o principal produto do encontro é a definição de grupos para elaborar materiais para sensibilizar técnicos e produtores. ”Nos próximos dias haverá novas reuniões com a presença de representantes de outros estados para a troca de experiências”, concluiu.

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