O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, anunciou na manhã de ontem que, até o final deste ano, o saldo do agronegócio brasileiro atingirá R$ 22 bilhões. A safrinha do milho chegará a 10 milhões de toneladas, segundo Rodrigues, que disse que esse resultado é recorde desde a última safrinha, de 6.9 milhões de toneladas, em 1999. Ele foi à audiência pública conjunta das comissões de Assuntos Sociais e Econômicos do Senado, para falar sobre a política agrícola do governo.
O ministro destacou ainda o seguro rural, que necessita da aprovação do Congresso para que funcione como instrumento fundamental à comercialização. Defendeu programa de renda mínima para o agricultor brasileiro. Além disso, ressaltou o programa de biocombustível como alternativa importante que precisa avançar no país.
O ministro da Agricultura disse ainda que três pontos desafiam seu ministério: o programa Fome Zero, que exigirá três milhões de hectares a mais para a produção de alimentos; a geração de novos empregos no campo; e a questão ambiental com sustentabilidade do processo produtivo aliado ao uso de tecnologias modernas.
Rodrigues adiantou que estas ações serão desenvolvidas em três grandes blocos de negociação econômica. Um relacionado às políticas públicas, outro à reorganização das cadeias produtivas e o terceiro voltado às negociações internacionais. Neste último bloco, o ministro explicou que se sobressaem quatro cenários principais, começando pelas negociações com a Organização Mundial de Comércio, seguida da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), União Européia (UE) e das relações bilaterais com outros países.
O Senado, com sua pauta de votações trancada por medidas provisórias, concentrou sua atenção ao depoimento do ministro Rodrigues.