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Rodrigues anuncia criação do Consórcio Nacional de Agroenergia

Rodrigues fez o anúncio durante reunião com os chefes dos 40 centros de pesquisa da Embrapa, em Brasília


Ao participar das solenidades alusivas aos 32 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, anunciou a criação do Consórcio Nacional de Agroenergia. O projeto será coordenado pela estatal. "A Embrapa é a alavanca do processo de desenvolvimento da agroenergia, novo paradigma da agricultura brasileira e mundial", destacou o ministro.

Rodrigues fez o anúncio durante reunião com os chefes dos 40 centros de pesquisa da Embrapa, em Brasília. De acordo com ele, a estatal será o principal ponto de apoio do consórcio, que desenvolverá ações voltadas à produção de energia a partir de produtos agrícolas. A empresa, lembrou Rodrigues, já realiza pesquisas com oleaginosas como fonte energética. "Mas temos de avançar", disse, ao convocar os dirigentes da Embrapa para apoiar a nova iniciativa do governo federal.

Nobel da Paz:

Com o consórcio, explicou Rodrigues, o Brasil deverá concentrar esforços na produção de agroenergia e evitará a dispersão de ações, recursos e tecnologias. Para ele, o país possui hoje a principal alternativa energética ao petróleo, ou seja, a produção de energia a partir de produtos agrícolas. "Com isso", assinalou, "temos também a chance de dar à agricultura um segundo Nobel da Paz" - o primeiro concedido, em 1970, ao agrônomo norte-americano Norman Bourlaug, um dos grandes responsáveis pela chamada revolução verde ocorrida na agricultura na segunda metade da década passada.

Em seu pronunciamento, o ministro enumerou as vantagens da agroenergia. Entre elas, os ganhos ambientais, como o seqüestro de carbono e a possibilidade de agregação de renda à agricultura pelo aproveitamento de subprodutos de biomassa. Isso, enfatizou Rodrigues, contribuirá para a desconcentração de renda no país e, ao mesmo, incentivará a geração de novos postos de trabalho no agronegócio.

Ao fazer um rápido balanço da história da Embrapa ao longo dos últimos 32 anos, Rodrigues destacou a trajetória exitosa da estatal e seu compromisso com o futuro. "A Embrapa está olhando para frente com cada vez mais competência e ênfase, com corpo técnico admirável e de respeitabilidade no mundo inteiro." Ele também elogiou a gestão do diretor-presidente da empresa, Sílvio Crestana.

Na semana em que a Embrapa comemora 32 anos, a agenda de reunião de seus dirigentes inclui palestras e debates sobre a incorporação de inovação à pesquisa e ao desenvolvimento. "O modelo de sucesso da empresa foi planejado há 25 anos. Agora, é o momento de pensar e organizar a instituição para mais dez ou 20 anos", afirmou Crestana, ao fazer palestra aos dirigentes da estatal.

O trabalho da pesquisa da estatal não pode estar voltado apenas à produção e produtividade, ressaltou Crestana. "Temos de estar preparados também para responder às variáveis ambiental e social, às diferenças regionais e a agenda internacional. Nesse contexto, o debate sobre agroenergia é fundamental."

A reunião dos dirigentes da Embrapa começou na segunda-feira 25 e vai até a sexta 28. O encontro dos chefes dos 40 centros de pesquisa faz parte das atividades comemorativas aos 32 anos da empresa.

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