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RS: deriva por 2,4-D cai 25% nesta safra

Houve um aumento de 11,38% no volume de denúncias


Foto: Fernando Dias/ SEAPDR

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (SEAPDR-RS) divulgou o levantamento das análises de amostras de deriva de 2,4-D na safra de verão 2020/2021. No período entre agosto e dezembro houve redução de 25,89% nas amostras contaminadas pelo herbicida, em relação à safra anterior

O número de propriedades atingidas também diminuiu, de 110, em 2019, para 89, nesta safra. O índice de contaminação também caiu de 88% (135 amostras positivas) para 62,34% (101 amostras positivas) neste ciclo.

"Essa redução de um quarto no número de laudos positivos demonstra que a resposta está à altura do problema. Estamos vendo os primeiros resultados das Instruções Normativas editadas em 2019", pontua Rafael Lima, chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários da SEAPDR. 

O número de municípios com amostras positivas para 2,4-D diminuiu: 31 tiveram registro de deriva no período de agosto a dezembro de 2020, contra 42 na safra anterior. As culturas mais afetadas foram videiras, nogueiras-pecã e hortaliças. O tabaco, que não teve notificação em 2019, computou quatro ocorrências nesta safra. Na uva o município de Jaguari registrou 21 denúncias. No ano de 2019 somente esta cidade teve 26 casos em videira.

Mesmo com redução no número de laudos positivos e propriedades atingidas, houve um aumento de 11,38% no volume de denúncias. Com as Instruções Normativas de 2018 foram criados canais para que os produtores pudessem notificar os casos.

Além das amostras com presença da substância 2,4-D, houve confirmação de contaminação por clomazona, produto hormonal utilizado em áreas de arroz. Foram 40 amostras positivas, colhidas de 34 propriedades rurais. Três amostras também indicaram a presença de quincloraque, outro herbicida.

O relatório também aponta que em 2020, até o momento, há uma pequena diminuição de uso de 6.754,546 litros de princípio ativo, o que poderia ter contribuído para redução dos casos de contaminação. “Porém, certamente não foi esta pequena redução de uso que implicou na redução das contaminações. Podemos atribuir à redução de contaminação por 2,4D, ao trabalho desenvolvido pelo Estado do Rio Grande do Sul, coordenado pela SEAPDR, e com auxilio de todo o setor produtivo, sendo produtor rural, indústria, comércio, Extensão Rural, Ministério Público, Fedarações de Agricultura, entre outros”, destaca.

Reveja o material especial que o Portal Agrolink fez sobre os casos e como produtores conquistram a deriva zero:

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