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Safra de inverno acaba com projeção de prejuízos

Produtores de trigo gaúchos estão computando as perdas financeiras sofridas com a colheita deste ano



Com a safra finalizada ou em vias de finalização, resta aos produtores de trigo do Rio Grande do Sul computar os prejuízos com as lavouras. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira pela Emater, todas as culturas de inverno enfrentaram problemas devido às intempéries durante o ciclo, fato que resultou em produtividades abaixo do esperado inicialmente, além de qualidade inferior do produto. Na próxima semana, a instituição deverá divulgar uma aproximação final para a safra de inverno 2017 com as devidas observações. Em princípio, todas elas apresentam números negativos. 

Com a colheita da cevada devendo ser finalizada neste fim de semana, alguns produtores estão utilizando a cultura como forragem para o gado leiteiro devido à baixa qualidade dos grãos, que foi bastante afetada pelas condições climáticas, o que levou os produtores a solicitarem Proagro. Já concluída a colheita da canola, também com produtividade abaixo das expectativas iniciais, os produtores estão desestimulados com a cultura, pois problemas com clima, solos e comercialização ocorridos nesta safra propiciaram uma nova reflexão sobre o próximo plantio, em 2018. Terminada a safra da aveia branca, também com baixos rendimentos e produto abaixo da qualidade, grande parte da cultura está sendo destinada à alimentação animal. 

A semeadura do milho atingiu 94% da área estimada para esta safra. Em relação às áreas já plantadas, 65% encontram-se em desenvolvimento vegetativo; 23%, em floração; e 13%, em enchimento de grãos. Por enquanto, as condições são consideradas ideais para o desenvolvimento da cultura, com as lavouras apresentando excelente aspecto fitossanitário na maioria dos casos. Nas áreas irrigadas, também seguem em pleno e vigoroso desenvolvimento as lavouras em geral implantadas um pouco mais tarde, para aproveitar a época de luminosidade mais intensa e temperatura mais elevada.

Continuam aceleradas as operações de dessecação e semeadura da nova safra de soja, com o Estado alcançando 48% da área já implantada, estabelecendo-se um pouco abaixo da média dos cinco anos anteriores, que é de 52%. Em algumas situações pontuais, o atraso na colheita do trigo fez com que alguns agricultores optassem por realizar o plantio logo após a dessecação dessa cultura de inverno, o que poderá trazer problemas no controle de plantas daninhas em pós-emergência. As lavouras já implantadas estão com boa germinação. No geral, as lavouras são formadas com emprego de um bom nível tecnológico por parte dos produtores, o que tem propiciado excelente desenvolvimento inicial.

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