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Saiba porque milho não deve chegar a R$ 100

Goiás é um estado decisivo para a formação de preços desta temporada


Foto: Pixabay

Há um fator que impede o preço da saca da milho subir a mais de R$ 100,00, apesar das quebras de safra na Região Sul do Brasil. De acordo com o analista sênior da Consultoria TF Agroeconômica, Luiz Pacheco, esse patamar parece pouco improvável neste momento visto que há disponibilidade de se obter cereal mais barato dentro no Brasil.

“O milho goiano chegaria a R$ 94,00/saca no Rio Grande do Sul. Se é bem verdade que a safra de milho quebrou feio no Oeste dos estados do RS, Santa Catarina e Paraná nesta safra, também é verdade que a safra de milho em Goiás, um estado decisivo para a formação de preços desta temporada, está indo muito bem obrigado”, aponta o especialista.

Segundo as informações atuais, Goiás ainda dispõe de aproximadamente 3,0 milhões de toneladas para serem comercializadas. De acordo com Pacheco, esses grãos chegariam “poso nas indústrias compradoras do RS e de SC por volta de R$ 94,00/saca e a safra nova, está recebendo boas chuvas, fazendo prever uma excelente produção para a Safrinha de 2022”.

“Como Goiás planta muito milho (aproximadamente 11,1milhões de toneladas) e tem baixo consumo interno, os preços locais são mais baixos e baseiam-se principalmente na exportação. Isto os torna extremamente competitivos e muito atrativos para os compradores do Sul do país, que estão sofrendo com fortes quebra de safra pelo segundo ano consecutivo. A alternativa em 2021, para estes compradores, foi importar milho da Argentina e do Paraguai mas, que, no momento, chegariam muito caros a estes estados, acima de R$ 108/00/saca, viabilizando-se somente para o Paraná, mas não para RS e SC”, conclui o líder da TF.

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