Soja continua em queda no mercado internacional
Argentina trabalha com esmagamento em 46%
De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, os preços da soja continuam em queda no mercado internacional. Nos mercados à vista, as ações de compra continuaram ausentes na base CFR China, uma vez que as margens de esmagamento permaneceram negativas.
“O marcador Agricensus APM-6 CFR China para embarque em maio da opção mais barata foi avaliado em 135 c/bu sobre o futuro de maio, equivalente a $ 567,25/t, queda de $ 3,5/t em relação à avaliação anterior. A mesma remessa do Golfo dos EUA foi avaliada em 200 c/bu sobre o futuro de maio, equivalente a US$ 591,25/t”, indica.
No Brasil, o embarque de abril foi oferecido a 138 c/bu sobre o futuro de maio contra nenhuma oferta firme. Ouviu-se que a Sipal encomendou uma carga de 10.000 t para julho da CJ Selecta por 55 c/bu premium para julho futuro, o que equivale a US$ 535,36/t. “A Bunge também foi avaliada por ter vendido a 5 c/bu premium sobre os futuros de maio para a Olam e Cofco, o que equivale a US$ 518,82/t, embora os volumes de negociação não tenham sido divulgados”, comenta.
“A indústria de esmagamento da Argentina está atualmente trabalhando com uma capacidade ociosa de 46%, nível mais alto desde 2015 e um aumento de três pontos percentuais em relação a uma média de 43% no ano passado, de acordo com um novo estudo da câmara local de esmagamento de oleosas e exportadores Ciara-CEC", completa.
Em 2016, a indústria havia operado com uma capacidade ociosa média de apenas 27%, informou a Ciara-CEC. "Quanto maior a capacidade ociosa, maior a participação dos custos fixos na estrutura geral de custos. Ou seja, custa mais processar uma tonelada de soja. E é possível que a indústria pague menos ao produtor de soja, para compensar o maior custo de produção e evitar o esmagamento com margens negativas", disse a entidade.