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Soja deve cair mais ainda nessa semana: ENTENDA

Aumento do esmagamento doméstico é uma faca de dois gumes


Foto: Divulgação

Dois fatores fortemente negativos para o complexo de soja ingressaram no mercado esta semana, aponta a Consultoria TF Agroeconômica. “Estamos nos referindo à redução de uso dos biocombustíveis no diesel no Brasil e ao aumento do esmagamento brasileiro para compensar a queda dos esmagamentos na China”, dizem os analistas de mercado.

“Os efeitos destes dois fatores serão de queda nos preços da soja, porque, se num primeiro momento aumentará o interesse das indústrias por matéria-prima para esmagar, num segundo momento este aumento na atividade industrial deverá provocar aumento na oferta e provável sobra de óleo e farelo nos mercados e consequente queda nos preços de todo o complexo a médio e longo prazos”, explicam.

No último dia 6 de setembro o governo brasileiro decidiu nesta segunda-feira reduzir a mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel de 13% para 10%, na vigência do 82o Leilão de Biodiesel, destinado ao suprimento dos meses de novembro e dezembro de 2021, o que foi considerado por produtores do insumo o maior retrocesso já aplicado à política de biocombustíveis do país.

Por outro lado, destacam os especialistas, as notícias de redução de atividade industrial na China soaram como navalha aos esmagadores brasileiros, que reduziram preços em negócios de volume esta semana. 

“Especula-se que, a partir da redução, tradings que possuem filiais de esmagamento no Brasil e na China, tais como Dreyfus, Cofco, Cargill e outras, tenham sido cobradas a esmagar mais, seja pela demanda latente no país, seja pela participação global nos negócios, onde se espera que bons resultados por aqui compensem perdas de esmagamento por lá”, conclui a TF.

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