Soja em baixa com avanço na colheita nos EUA
O que pesou foram, principalmente, as perspectivas climáticas
O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na terça-feira (05.11) baixa de 3,75 pontos no contrato de Janeiro/20, fechando em US$ 9,3425 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com desvalorizações entre 3,75 e 4,25 pontos.
Os principais contratos futuros tiveram um dia de perdas no mercado norte-americano da soja, com o avanço na colheita pressionando as cotações. “O que pesou foram, principalmente, as perspectivas climáticas. Nesse sentido, a esperada escassez de chuvas para os próximos dias levou os operadores a especular com um rápido avanço nas tarefas de colheita. Além disso, o clima parece favorável ao avanço do plantio na América do Sul, com precipitações que melhoraria os níveis de umidade nos solos”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.
De acordo com a ARC Mercosul, o mercado agrícola carece de entusiasmo: “Desde que a política dominou a especulação, a apatia se tornou uma condição comum aqui nos bastidores da CBOT. Uma vez que fundamentos básicos não sofrem nenhuma interferência agressiva, a retórica política entre EUA e China tomou as rédeas do direcionamento dos preços da soja e milho. Desde então, a novela entre Trump e Jinping tem limitado a ação dos operadores do mercado”.
“A última novidade é que ambos os países envolvidos na Guerra Comercial haviam concordado em entrar em reconciliação em etapas. Na Fase 1 do Acordo Comercial, era previsto que a China adicionasse quotas de compras de produtos agrícolas estadunidenses. Em contrapartida, Trump não elevaria nenhuma nova tarifa sobre produtos chineses. Entretanto, assim como a ARC alertou há semanas, a negociação não parecia justa. Deixando os asiáticos adversos à assinatura de um acordo”, concluem os analistas da ARC Mercosul.
