Sojicultor do MT deve aumentar o número de aplicações de fungicidas na soja precoce

Atenção ao desempenho da safra pode evitar a proliferação da doença, diz Mapa

Os riscos para proliferação da ferrugem asiática nas lavouras de soja, deve fazer com que os produtores de Mato Grosso aumentem a quantidade de aplicações de fungicidas no campo. O alerta de combate a doença pode impactar no custo de produção da soja, mas será essencial para evitara perda de produtividade nas lavouras, principalmente no ciclo precoce.

De acordo com o gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Nery Ribas, o ideal será que sejam feitas, pelo menos, duas aplicações de fungicidas nas primeiras plantas germinadas na safra 12/13. "Os produtores devem ficar atentos para o desenvolvimentos das lavouras. Geralmente não há tanta atenção e cuidado com a soja precoce".

O coordenador da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wanderlei Dias Guerra, explica que o cuidado com o grão do ciclo precoce é fundamental para o combate da ferrugem. Ele enfatiza que há três condições favoráveis para o aparecimento e continuidade da doença: o clima úmido, a existência dos esporos da ferrugem no ar e as chuvas.

"Se não houver manejo correto da soja precoce, apesar de ter um ciclo curto, na colheita pode haver a proliferação da doença na continuidade da safra de soja, impactando na produtividade", afirma ele ressaltando que fará um acompanhamento in loco do plantio da soja. As visitas, em aproximadamente 400 propriedades do estado, serão realizadas durante os dias 15 e 26 de outubro, no Circuito Aprosoja.