SP terá banco de citros para proteger variedades
A medida foi tomada depois que o avanço do amarelão se tornou um risco para a cultura. A unidade vai funcionar no município de Cordeirópolis
O Estado de São Paulo está ganhando um banco de germoplasma para proteger as diversas variedades de citros. A medida foi tomada depois que o avanço do amarelão se tornou um risco para a cultura. A unidade vai funcionar no município de Cordeirópolis.
Uma coleção com 1,7 mil variedades de citros do mundo inteiro. São plantas com alto potencial genético que servem de base para todas as pesquisas de melhoramento desenvolvidas no país. A grande preocupação dos pesquisadores é perder as plantas por causa de pragas e doenças. A maior ameaça é o amarelão, presente em 242 municípios paulistas e que já foi responsável pela erradicação de seis milhões de pés de laranja. Por isso, está sendo feita uma cópia da coleção.
“Nós temos uma cópia de cada planta e tempos reservado em estufa protegida duas cópias de cada planta”, falou Benedito da Cunham, gerente das estufas.
A multiplicação começou a ser feita há dois anos. A base para o enxerto é o limão cravo, uma planta mais rústica e resistente a doenças. Trezentas mudas já foram transplantadas para a estufa. Elas representam 30% da coleção. A previsão é que nos próximos dois anos todo o banco de germoplasma do centro esteja protegido.
Até então apenas as plantas matrizes do centro eram mantidas em sistema protegido. A necessidade se deu na década de 90, quando surgiu no Estado de São Paulo a ameaça da CVC, outra doença bacteriana também transmitida por um inseto vetor.
As estufas são construídas a uma distância de no mínimo 200 metros de qualquer plantação de citros. Em volta delas, como proteção adicional, foi feito um quebra-vento com árvores de oito metros de altura que formam uma barreira para o inseto. Além disso, é feita uma avaliação periódica nas plantas matrizes. Será assim também no banco de germoplasma de citros.
