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Sul deve plantar mais milho para reduzir dependência

Objetivo é aproveitar os bons preços do cereal e reduzir a dependência das importações


Os três estados da Região Sul deverão aumentar um pouco a sua área de plantio de milho, de acordo com Relatório mensal de acompanhamento das culturas da EPAGRI/CEPA divulgado nesta segunda-feira (1º.10). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, o objetivo é aproveitar os bons preços do cereal e reduzir a dependência das importações de outros estados e até do exterior, mas o incremento ainda “não é o suficiente”.

De acordo com o boletim, o Rio Grande do Sul tem um déficit histórico ao redor de 1,5 milhão de toneladas de milho, enquanto Santa Catarina tem um déficit de 2,5 MT. A estimativa inicial do Deral-PR apresenta recuperação de área de 6% para milho 1ª safra no Paraná, o que representa 20 mil hectares. 

“Isso, porém, é pouco expressivo em relação à produção, bem diferente da safra 2017/18, em que houve recuo de mais de 30% na área cultivada”, comenta o analista da T&F, Luiz Fernando Pacheco: “Após cinco anos consecutivos de declínio na área plantada, o milho também volta a mostrar reação, devendo cultivar 738 mil hectares, em torno 1% superior à safra anterior, que corresponde a aproximadamente 30 mil hectares”.

Ainda de acordo com o especialista, Santa Catarina deve seguir a tendência dos demais estados do Sul do Brasil e apresentar recuperação de área cultivada com o cereal: “No computo geral, a área deverá ser de 3 a 5% superior à safra anterior. O período, início de setembro foi de intensificação no plantio da nova safra, mesmo com o solo apresentando ainda umidade acima do ideal em algumas áreas, Oeste do estado. Os números estão sendo consolidados no levantamento da safra, com relatório especial da Safra 2018/19 no final de setembro”.

“No Sul do Brasil a recuperação da área de cultivo do milho está fundamentada em três fatores: necessidade de rotação com a soja (fator técnico registrado em boletins anteriores), uma vez que em algumas regiões houve incidência de mofo branco, causando prejuízos no rendimento final; preços praticados durante o ano, que estão competitivos com a soja, e elevação dos custos do frete, que encarecem o transporte do milho do Centro Oeste até o Sul do Brasil, em especial SC e RS, estados importadores do cereal. Deste modo, algumas agroindústrias estão fechando contratos futuros com preços na faixa de R$ 35,00/sc, com entrega em março/abril de 2019”, conclui Pacheco.
 

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