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Técnico Agrícola, a profissão centenária

Segundo a Fenata atualmente existem mais de 300 mil profissionais


Foto: Pixabay

No dia 5 de novembro é comemorado o Dia do Técnico Agrícola. A profissão que vive o dia a dia do campo e do produtor contribui diretamente com a  agropecuária brasileira. A data foi criada em 2015 em referência ao dia em que foi regulamentada a profissão. 

Estima-se que a atividade seja centenária. Há relatos que a primeira turma se formou em 1910, na Escola Técnica de Agricultura de Viamão (RS). “Nossa categoria tem sido marcada pela coragem, solidariedade e força coletiva, e na qual a capacidade de trabalho e superação têm sidos decisivas para o sucesso do nosso agronegócio, que é referência mundial e um dos maiores setores da economia do Brasil, sendo responsável por 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB)", salienta Mário Limberger, presidente da Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas (Fenata).

Segundo a Federação, atualmente existem mais de 300 mil profissionais (formados em escolas técnicas, que seguem os princípios de uma escola com nível de Ensino Médio, aliado aos ensinos teórico e prático da agropecuária).

O técnico agrícola atua em mais de 40 modalidades da profissão, nas mais diversas frentes do agro brasileiro, desde produção e beneficiamento até a comercialização; gestão de empreendimentos agropecuários e agroindustrial; máquinas e implementos; agrimensura; georreferenciamento, entre outros. "Hoje, com o avanço tecnológico e as demandas crescentes do agronegócio, os técnicos agrícolas têm se aperfeiçoado, estando presentes nas mais variadas cadeias, com especial atenção à produção de alimentos e à geração de renda e emprego no campo", avalia Limberger.

Junto do produtor

Denilson Perpétuo Godoy faz parte do corpo de extensionistas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Formado técnico agrícola em 1991, está na secretaria há 26 anos. "Tinha como meta de vida pessoal e profissional atuar na transferência de tecnologia ao produtor rural, para contribuir com o desenvolvimento da agropecuária e a transformação da vida das famílias do campo", relembra.

Um dos produtores que ele atende é Albino Leso, no município de Floreal (SP). O produtor, que tem como base a pecuária,  estava desmotivado, com graves problemas de erosão que estavam inviabilizando a capacidade de produção e a renda da atividade. Depois de um projeto e execução a expectativa melhorou e seu Albino e a família conseguiram se manter no campo. "Antes do projeto executado pelos técnicos, a nossa área tinha uma voçoroca tão grande, que quase não era possível transitar com o trator e, a cada dia, a gente perdia mais a capacidade produtiva do sítio. Depois da execução do projeto, o serviço de recuperação da área ficou tão bom, que daria até para plantar seringueira aqui por conta do nivelamento do solo", diz o produtor.

Denilson se diz orgulhoso do trabalho e dos resultados. "Por meio da extensão rural, fazer a diferença em benefício ao produtor rural, contribuindo com o desenvolvimento sustentável, junto com meus colegas técnicos agrícolas que atuam em outras regiões paulistas", define.


 

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