As lavouras de soja vão exigir em média quatro aplicações de agrotóxicos durante toda a safra. A afirmação é dos profissionais da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Emater/PR que alertam sobre os possíveis prejuízos decorrentes de aplicações inadequadas.
De acordo com Adegas, o produtor que pretende conduzir bem a aplicação de defensivos deve conhecer o tipo de praga e a maneira como elas se comportam no ambiente.
“O produtor que não segue as técnicas recomendadas corre o risco de ter desperdício de produto, perda de dinheiro e ainda está sujeito a contaminar a si próprio e ao meio ambiente”, alerta o agrônomo Fernando Adegas, do convênio Embrapa Soja/Emater-PR.
Na aplicação de herbicidas, por exemplo, é preciso conhecer as espécies de plantas daninhas presentes na lavoura e o seu comportamento no ambiente. “Por isso, a forma de germinação, o tamanho do ciclo e o potencial de competição entre a espécie daninha e planta cultivada vão fornecer informações que auxiliam na escolha do herbicida mais eficiente, explica.
O pesquisador da Embrapa Soja Alexandre Brighenti alerta para o manuseio correto do pulverizador e para a utilização de água limpa usada na mistura com o produto químico, o que garante uma aplicação de qualidade. “Antes de qualquer aplicação, é preciso conhecer o funcionamento do pulverizador e fazer os ajustes necessários. A barra de pulverização contém alguns filtros que devem ser limpos a cada aplicação. A adequação de filtros de linha, mangueiras, dobradiças e bicos são essenciais para que a aplicação do produto seja uniforme e eficiente”, ensina Brighenti.
Além disso, o produtor deve estar atento aos fatores ambientais, porque“ ventos superiores a 10 km/h, temperatura acima dos 30º C e umidade relativa do ar abaixo dos 70% diminuem a eficiência da aplicação”, diz Brighenti.