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Úlcera gástrica traz prejuízos econômicos para a suinocultura

Andrea Panzardi, especialista técnica em suínos na Ourofino Saúde Animal, orienta sobre o tema


Considerada uma das principais causas da mortalidade de fêmeas suínas em diversas regiões do mundo, a úlcera gástrica possui muitos fatores predisponentes, sendo o estresse um dos principais. A composição da dieta, a granulometria, o fornecimento de ração, o uso de medicamentos e a sazonalidade constituem outros aspectos que contribuem para a ocorrência da enfermidade. 
 
A espécie suína possui, naturalmente, uma predisposição anatômica para problemas gástricos, em função da presença do quadrilátero esofágico, uma porção aglandular que se projeta ao estômago, sensível e que não produz muco. Esses fatores a deixam desprotegida frente à ação de pH ácido e de enzimas existentes no estômago, sendo, portanto, o local de ocorrência desses quadros.
 
O estresse, por sua vez, também gera efeitos prejudiciais à imunidade do animal, por isso, o produtor deve evitar manejos exaustivos. “É importante evitar a superlotação de baias, mistura de lotes e de diferentes origens, jejum prolongado, transporte de longa duração ou em ambiente inadequado, dificuldade de acesso ao comedouro e agressões”, afirma Andrea Panzardi, especialista técnica em suínos na Ourofino Saúde Animal. 
 
Sobre a composição da ração, a granulometria é fator relevante, pois quanto mais fina, maior a incidência de úlceras. O uso de rações peletizadas, grãos extrusados em altas temperaturas, soro de leite na formulação, dietas pobres em selênio e vitamina E, e níveis altos de ácidos poli-insaturados também são questões a serem consideradas O manejo de arraçoamento ainda é outro ponto que influencia o aparecimento da doença, já que o jejum prolongado possui grande impacto para a ocorrência de úlcera gástrica. 
 
Quanto à medicação, tratamentos constantes com produtos à base de diclofenaco ou flunixin meglumine podem predispor o processo de formação da enfermidade. “Doenças respiratórias podem estar associadas, ou não, à ocorrência de úlceras, muito provavelmente devido à apatia e redução de ingestão de alimento”, explica Andrea. Altas temperaturas também podem ser correlacionadas à presença da doença, entretanto, dados mostram maior ocorrência durante o inverno e a primavera.
 
Para evitar que os animais desenvolvam quadros de úlcera gástrica, deve-se trabalhar preventivamente, controlando os fatores predisponentes citados. Mas, caso o produtor já tenha casos na granja, a Ourofino Saúde Animal dispõe do Maxicam 2%. É um anti-inflamatório não esteroide (AINES) à base de meloxicam que atua bloqueando, seletivamente, os sítios causadores do processo inflamatório, sem afetar a produção de protetores gástricos, mesmo quando utilizado em tratamentos a médio e longo prazo. 
 
“A indicação é de 1 mL a cada 50 kg de peso vivo,  o que corresponde a uma dose de 0,4 mg/kg. O controle de doenças que provocam inapetência também contribui com a redução de quadros de úlceras”, orienta a especialista técnica da Ourofino.  

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