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Única usina de Ribeirão volta a operar hoje

Agora sob ordens de Ricardo Mansur, Galo Bravo prevê produzir 1,5 milhão de sacas de açúcar e 55 milhões de litros de álcool


A usina, que vai operar com sua capacidade máxima, contratou 600 boias-frias para a atual safra, que se estenderá até janeiro

A Cerp (Central Energética de Ribeirão Preto), antiga usina Galo Bravo, volta a produzir açúcar e álcool a partir de hoje, sob o comando da nova diretoria, comandada pelo ex-banqueiro e ex-dono das falidas Mappin e Mesbla, Ricardo Mansur. A usina era a única das 45 existentes na região que não havia iniciado a safra.
Ontem, mais de 400 funcionários, além de Mansur, participaram de missa na usina. O empresário, que fechou a compra da Cerp no dia 3, ajoelhou-se para rezar, comungou e cumprimentou funcionários ao final da celebração, mas não quis falar com a Folha.

O novo superintendente da Cerp, Gilberto Raphael Mascioli Junior, não informou os valores da negociação nem das dívidas, que segundo fontes ligadas ao setor chegariam a R$ 250 milhões. O diretor afirmou apenas que chamará os credores para negociação, que a produção da safra não está judicialmente comprometida com dívidas e que pretende saldar os débitos da usina com o capital da venda de açúcar e álcool.

Segundo Mascioli Junior, o foco da Cerp, que voltará a se chamar Galo Bravo, será a produção de açúcar de alta qualidade. Para esta safra, a expectativa é que seja moída 1 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, para a produção de 1,5 milhão de sacas de 50 quilos de açúcar e 55 milhões de litros de álcool. A usina vai operar com sua capacidade máxima diária.

Além dos cerca de 300 funcionários da indústria e do setor administrativo, a Cerp contratou mais 600 cortadores de cana. A moagem, diz o superintendente, deve se estender até o final de janeiro, um mês após o período tradicional da safra.

Os três meses de salários atrasados dos funcionários serão pagos em três parcelas mensais, a partir do mês que vem. No último dia 7, todos os salários relativos ao mês passado foram pagos.

A negociação entre os antigos donos da Cerp e Mansur durou cerca de um mês, de acordo com Mascioli Junior. Ele, que disse no dia 6 à Folha que o empresário tinha a intenção de comprar outras dez usinas, limitou-se a dizer ontem que o ex-banqueiro considera o mercado sucroalcooleiro "muito promissor".

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