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Variedades híbridas se destacam no combate ao Fusarium Raça 3

Doença ataca lavouras e causa prejuízos aos produtores de tomate


O tomate ocupa o primeiro lugar na lista de hortaliças produzidas no Brasil, e fica com o segundo lugar em área plantada no país, perdendo apenas para a batata. Sua importância para a economia nacional é indiscutível.

Em virtude de sua representatividade no país, vários estudos são desenvolvidos todos os anos para melhorar a qualidade dos produtos e diminuir o surgimento de doenças nas lavouras. O tomateiro está sujeito ao ataque de mais de uma centena de doenças de origem bacteriana, fungicida, virótica ou causada por nematóides.

Dentre as doenças mais preocupantes estão as causadas por fungos que atacam as plantas a partir do sistema radicular. Os agentes causais destas doenças podem sobreviver no solo por um longo tempo, sendo o controle químico muito difícil, o que pode limitar o plantio do tomate em determinadas áreas.

A Murcha do Fusarium, causada pelo fungo fusarium oxysporun schlechtend, é uma das doenças mais importantes do tomateiro e está disseminada em todo o mundo. Com registros de plantas infectadas em diversos países, a doença foi diagnosticada pela primeira vez no país no estado de São Paulo, mas hoje já pode ser encontrada em todo o Brasil.

 


O Fusarium possui três raças diferentes. Até 2005 não havia no país nenhum caso confirmado da Raça 3, mas após um estudo realizado pela Embrapa ficaram comprovados os primeiros casos, na região do Espírito Santo. “A doença se manifesta em diferentes regiões de cultivo, porém com mais intensidade em locais de clima ameno, com temperaturas entre 15°C e 21°C, em solos com problemas de excesso de água e alta densidade do plantio”, explica Coordenador de Culturas - Solanáceas da Agristar, Thiago Teodoro Alcântara.


As plantas do tomate atacadas pelo Fusarium apresentam murchas nas folhas, principalmente nas horas mais quentes do dia. As folhas mais velhas tornam-se amareladas, cor que progride até atingir as folhas mais novas. Os frutos apresentam desenvolvimento reduzido e amadurecem ainda pequenos. O caule próximo às raízes tem necrose do sistema vascular, caracterizado pelo escurecimento dos tecidos periféricos. As raízes se atrofiam e ocorre a morte prematura das plantas.

Devido às dificuldades encontradas no controle do Fusarium, com o uso de defensivos agrícolas, o combate à doença tem sido obtido quase exclusivamente pelo uso de variedades híbridas resistentes. “O fato de a doença atacar as plantas pelo solo mesmo com o uso de produtos químicos faz com que não seja garantido o seu total controle. Já com o uso dos híbridos resistentes, o produtor consegue ter uma melhor segurança, podendo até reduzir seu custo de produção e com a garantia de colheita.”, afirma o agrônomo da Agristar.

A comprovação de casos da Raça 3 nas lavouras brasileiras aumenta a preocupação quanto o aumento de casos da doença no país. “Apesar de estar bastante limitada geograficamente, a Raça 3 do Fusarium representa uma grande ameaça potencial às lavouras de tomate, podendo se tornar um novo problema para o cultivo da hortaliça nas regiões tropicais” garante Thiago. As informações são da assessoria de imprensa da Agristar.

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