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Vencedora do Prêmio Mulheres do Agro é referência na adoção de práticas sustentáveis

Dulce Ciochetta contribui na busca por uma agricultura brasileira carbono neutro


Foto: Arquivo Agrolink

Referência na adoção de práticas sustentáveis na agropecuária, Dulce Ciochetta é responsável pela gestão do Grupo Morena, de Tangará da Serra (MT), que destina 6.900 hectares para a produção de soja, milho e gado pelo sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Reconhecida pelo Prêmio Mulheres do Agro, em 2018 na categoria grande propriedade, a agricultora afirma que o reconhecimento de sua fazenda como um modelo de sustentabilidade é fruto de um trabalho de 30 anos.

“Nosso aprendizado veio de muito investimento em inovação e pesquisa no campo para, assim, chegarmos em novas formas de produção na lavoura. Com a adoção de ações conservacionistas e um manejo mais inteligente no campo, nós atingimos um aumento de rentabilidade, diversificação de negócio e, acima de tudo, a perenidade da produção, afinal, o nosso principal insumo é a terra e a solo”, diz Dulce.

Entusiasta do tema, Ciochetta faz parte de um projeto da Bayer com o objetivo de construir uma agricultura brasileira carbono neutro, a Iniciativa Carbono Bayer. Neste ano, a Bayer lançou o PRO Carbono, programa da companhia que oferece novas vantagens para  os produtores dispostos  a  ampliar  sua  produtividade e a aumentar o sequestro de carbono no solo a partir da adoção de práticas agronômicas sustentáveis, como a intensificação do plantio direto ou o plantio de cultivos de cobertura

“Para nós é um orgulho ser uma das propriedades que trabalham na implementação desta iniciativa. Nós temos certeza de que este projeto vanguardista vai abrir novas fronteiras para o produtor, não só por ser mais uma oportunidade de negócio, mas por reconhecer o trabalho que fazemos no campo todos os dias”, comenta a produtora.

“Nós, agricultores, somos grandes preservadores. Cerca de 25% do nosso  território é conservado. Este projeto da Bayer é importante para mostrarmos o quanto a agricultura pode contribuir para a sustentabilidade. Nós somos parte da solução e não do problema”, completa Dulce.

Adoção de práticas sustentáveis  

Com 61 funcionários, a agricultora sempre buscou cursos e palestras para aprimorar a gestão e para os colaboradores sanarem as dúvidas que surgem em decorrência das normativas do Ministério da Agricultura. “Nós criamos o Fórum Sentinelas, uma iniciativa que incentiva ideias sustentáveis dentro do campo. Eu chamo professores para abordar temas como água, reciclagem e desperdício, por exemplo. Além disso, lançamos o Desafio Sentinela, onde nossos funcionários implementam e são premiados por criações inovadoras relacionadas ao tema”, reforça.

Ainda no quesito sustentabilidade na produção, a fazenda também é referência no reaproveitamento de água da chuva. “Assim que a água cai no telhado do galpão, ela vai para um sistema de calhas, interligado a uma espécie de reservatório, onde fica armazenada. Essa água é reutilizada na lavoura para pulverização”, diz a produtora. 

Outro diferencial do Grupo Morena é o sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF). Há 12 anos, a fazenda começou a plantar eucalipto em áreas de baixa produtividade de soja. Após 8 anos desta prática, a pecuária também entrou para a diversidade de culturas da propriedade.

“A integração funciona muito bem. Quando conseguimos conciliar a safra de soja com o pasto safrinha, a produtividade do grão é maior. Além disso, a plantação do eucalipto  proporciona o bem-estar animal”, diz Dulce, que reforça que a sustentabilidade é uma oportunidade de negócio da fazenda. “Sem dúvida, é um pilar que se transforma em eficiência no campo”, conclui.

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