CI

Embraer e EUA vão construir drone de pulverização

O projeto Pelican já foi testado em lavouras de banana na Costa Rica



Foto: Divulgação

A EmbraerX, subsidiária da Embraer para o desenvolvimento de novas tecnologias, fechou uma parceria com a companhia norte-americana Pyka, situada no Vale do Silício, na Califórnia (EUA). As duas empresas vão desenvolver em conjunto o Pelican, uma aeronave agrícola de asa fixa totalmente elétrica e autônoma. A colaboração é voltada para tecnologia, certificação, operação e futura comercialização desse avião.

O esforço está focado em acelerar a chegada do veículo autônomo na agricultura de precisão. Por enquanto, o projeto está em fase embrionária e busca mais investidores. A aeronave pesa pouco mais de 280 quilos (com as baterias) e tem carga útil de 317 quilos ou 317 litros. A velocidade de aplicação é de até 148 quilômetros por hora e uma taxa de aplicação de 52 ha/hora com uma vazão de 18 litros/ha. As baterias têm capacidade para 30 minutos de voo e mais 10 minutos de reserva. O projeto busca oferecer o Pelican om motor elétrico e capacidade de mais de 300 litros de calda.

No Brasil, a hipótese de operação de um equipamento desse porte em lavouras gera diversas dúvidas sobre o enquadramento legal e as regras sobre o setor possivelmente precisariam de ajustes mesmo com a  Portaria 298/21 do Ministério da Agricultura, que entra em vigor nesta sexta-feira (1º) e regula operações de drones sobre lavouras.

Já pelas regras atuais da Agência Nacional de Aviação Agrícola (Anac), o Pelican seria enquadrado em Classe 1 no Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial (RBAC-E) 94/2017 (drones com mais de 150 quilos de peso máximo de decolagem). Em tese, teria que ser homologado para voar no país e ser cadastrado no Registro Aeronáutico Brasileiro, com piloto tendo que ter habilitação e Certificado Médico Aeronáutico (CMA) junto à Anac.

A Pyka já tem desde 2018 o projeto Egret (FOTO), um aparelho com um pouco menos de capacidade do que o Pelican, mas que desde 2019 é certificado para voo em lavouras na Nova Zelândia. O projeto Pelican é derivado do Egret e foi testado em lavouras de banana na Costa Rica. O Pelican combina tecnologias de capacidade de carga útil, precisão e redução de deriva para fornecer proteção de cultivo eficaz e de baixo impacto em escala e é projetado para as chamadas operações complexas em lavouras.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.