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Broca-do-bulbo: nova praga em pupunheira no Amapá


Aderaldo Batista Gazel Filho

A pupunheira é uma palmeira americana que foi domesticada pelos índios americanos e que ao longo dos tempos tem-se apresentado como uma espécie de grande utilidade, devido sua variada forma de aproveitamento: como fruto cozido, muito usada para tomar com café pelos amazônidas, farinha para panificação, extração de óleo, palmito, madeira e também com potencial para alimentação animal.

A maior utilização da pupunheira no Amapá é na forma de fruto para consumo humano, entretanto, sua exploração para a produção de palmito é uma atividade promissora, visto que poderá reduzir significativamente a exploração extrativista do açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) para esta produção.

Em uma área cultivada com pupunheira sem espinho, no município de Macapá, com três anos de campo, em área de cerrado foram encontradas plantas apresentando murchamento de folhas e posterioriormente do estipe. Em observações no plantio, foram constatadas galerias no solo próximas ao colo do estipe, assim como orifícios no coleto da planta. Através de inspeções periódicas às plantas afetadas, foi possível a coleta de coleópteros grandes e de coloração escura.

O inseto foi identificado como sendo a praga conhecida como broca-do-bulbo (Strategus aloeus), um besouro castanho-escuro, de hábito noturno, medindo aproximadamente 6cm de comprimento por 4cm de largura.

O adulto cava uma galeria no solo, próximo às palmeiras novas, onde permanece abrigado durante o dia, e outra galeria no coleto da planta, logo acima da superfície do solo ou ligeiramente abaixo dela, onde se alimenta durante o dia.

É tido como uma praga de ocorrência eventual em plantas jovens de coqueiro. O adulto ao penetrar no tecido próximo às raízes em busca de alimento, vai abrindo uma galeria que, ao atingir a parte meristemática, provoca o murchamento e consequentemente a morte da planta.

Como medidas de controle recomenda-se inspeções periódicas no plantio, principalmente entre dois a três anos, para se detectar as plantas atacadas. Caso sejam encontradas galerias características da praga, retirar ou esmagar os insetos dentro delas com arame grosso.

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