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O ELEFANTE


Paulo Lot Calixto Lemos

Você já observou o elefante no circo ?

Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais.

Mas, antes de entrar em cena, o elefante permanece preso, quieto,contido somente por uma corrente que aprisionava uma de suas patas à uma pequena estaca cravada no solo.

Sem dúvida, a estaca é só um pequeno pedaço de madeira, e ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que esse animal capaz de arrancar uma árvore com sua própria força, poderia com facilidade arrancá-la do solo e fugir.

Que mistério! Por que não foge? Perguntei então a um adestrador, sobre o mistério do elefante.

Ele explicou que o elefante não escapa porque está adestrado. Fiz então a pergunta óbvia: Se está adestrado, por que o prendem? Não havia quem respondesse...

Há alguns anos descobri que, por sorte minha, que alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta:

O elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno.

Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido logo preso.

Naquele momento, o elefantezinho puxou, forçou, tentando se soltar.

E, apesar de todo o esforço, não pode sair. A estaca era certamente muito pesada para ele. E o elefantezinho tentava, tentava e nada.

Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino. Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode.

Jamais, jamais voltou a colocar a prova sua força. E isso muitas vezes acontece com a gente!

Vivemos crendo em um montão de coisas que "Não podemos, que não vamos conseguir", por mais que tentemos. Simplesmente porque, quando eramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos "NÃOS", que isso ficou gravado na nossa memória tão fortemente, que perdemos a criatividade e aceitamos o: "SEMPRE FOI ASSIM".

De vez em quando sentimos as correntes e confirmamos o estigma:

"Nao posso, nunca poderei é muito grande pra mim!".

A única maneira de tentar de novo e não ter medo de enfrentar as barreiras é colocar muita coragem no coração e acreditar que pode, sim, arrebentar as correntes.

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