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Suplementar bovinos de corte nas águas é como empurrar o carro ladeira abaixo


Opinião Livre
Pedro Veiga, Consultor Técnico de Bovinos de Corte da Nutron
Existem provérbios populares bastante conhecidos que ilustram muito bem a suplementação de bovinos de corte durante o período das águas: “para baixo todo santo ajuda”; “fogo morro acima e água morro abaixo ninguém segura”, etc. Ou seja, no período favorável ao crescimento das plantas forrageiras, que no Brasil Central vai de Outubro/Novembro até Fevereiro/Março, também chamado de período de verão ou de águas, o potencial de ganho de peso dos animais mantidos a pasto é maior. E é justamente nessa fase que há oportunidades para explorar ainda mais esse potencial de ganho. 
Muitos pecuaristas imaginam, erroneamente, que justamente devido ao fato do capim estar bonito e viçoso, o animal não precisa receber uma suplementação adequada. Pelo contrário: como o pasto verde e abundante oferece condições para que o animal ganhe mais peso, suas exigências de minerais e vitaminas são aumentadas. Portanto, uma correta suplementação mineral-vitamínica é o mínimo que se deve fazer nessa época. Além, é claro, de garantir disponibilidade de pasto. Falando em disponibilidade de pasto, até há pouco tempo se falava bastante em quanto deveria ser a oferta de pasto de forma que o consumo de forragem não fosse limitado, garantindo assim, que o animal colhesse a quantidade de capim que bem lhe conviesse ao longo do dia. 
Existem, inclusive, valores referência, como um mínimo de 2.000 kg de MS / ha. Entretanto, a arte e a ciência de manejo do pastejo evoluíram muito, e hoje se discute não só qual deve ser a quantidade total de massa disponível, mas também quanto dessa massa é potencialmente digestível e de que forma está disponível ao animal, uma vez que a estrutura do pasto e não somente sua quantidade/qualidade, irão interferir no hábito de pastejo do bovino e, consequentemente, na sua capacidade de colheita do capim que será, em última instância, traduzida em ganho de peso. Dessa forma, a altura do pasto tem sido sugerida como uma ferramenta prática e simples de manejo do pastejo, e a literatura científica brasileira traz valores referência de altura pré e pós-pastejo ideais para a maioria das espécies forrageiras utilizadas para produção de bovinos de corte no país. 
Mas no mundo real mesmo, ou seja, nas fazendas de produção de carne baseadas em pastagens tropicais, a complexidade do manejo do pastejo adquire uma dimensão mais complexa, que às vezes impede que as práticas ideais do ponto de vista técnico e científico sejam seguidas a risca. Seja por questões mercadológicas (compra e venda de animais de acordo com oportunidades de mercado), de clima (precipitação, temperatura, etc), disponibilidade e qualidade de mão de obra, infraestrutura disponível (divisões de pasto, aguadas, cochos, etc), método de pastejo (contínuo ou rotacionado), entre outros, o manejo do pastejo estará, na maioria das situações, um pouco aquém do ideal. Mas isso não significa que não se possa otimizar a produtividade, por animal e por área, maximizando o retorno econômico. 
A definição do melhor plano nutricional a ser seguido durante o período das águas requer uma análise criteriosa do sistema de produção como um todo e da ajuda de um técnico devidamente capacitado, que irá orientar o pecuarista a adotar a estratégia mais adequada para sua realidade e que lhe traga o maior retorno econômico do investimento. Se o plano é atingir esse objetivo, procure os técnicos da Cargill Nutrição Animal, que acaba de lançar a linha Probeef de suplementos a pasto, carregados de ciência, tecnologia e qualidade que o Brasil já conhece, associado ao serviço diferenciado de nossa equipe, que conta com diversas ferramentas auxiliares para a tomada de decisão de forma a maximizar o lucro do sistema produtivo de carne bovina! 
Para se ter uma ideia da oportunidade em se maximizar o resultado econômico com a suplementação nas águas, fizemos uma simulação usando uma das ferramentas do portfólio de serviços que a Cargill têm a disposição de seus clientes, que pode ser aplicada facilmente a vários sistemas de produção de bovinos criados a pasto no Brasil. Consideramos um garrote em recria, com peso de 250 kg na entrada as águas, dia 1º de novembro, a um preço de mercado de R$ 1.300,00. Consideramos também o custo do pasto como sendo R$ 20.00/mês (equivalente ao aluguel de pasto), todos os demais custos (mão de obra, vacinas, vermífugos, frete, fornecimento do suplemento utilizado, etc), ajustamos os valores para mortalidade de 1 %, e então incluímos os seguintes planos nutricionais:
1.    Sal mineral 60 – Probeef 60 - bastante usado em sistemas de recria a pasto nas águas, por ser de menor custo por cabeça;
2.    Sal aditivado com Flavomicima – linha Probeef Pasto Bom;
3.    Sal Proteinado - linha Probeef Proteinado 30, com consumo de 0.1 % do PV 
Considerando-se também o custo de cada um desses produtos, e os ganhos de peso esperados com o uso de cada linha, calculamos o lucro por animal no período, assumindo rendimento de carcaça de 50 % e preço da arroba de R$ 140.00 (arroba de boi magro). O resultado é mostrado no gráfico abaixo:

Conforme pode ser observado na Figura 1, o uso de suplemento mineral aditivado ou de um proteinado de baixo consumo permitiria a obtenção de quase R$ 50,00 a mais por animal de lucro líquido, somente durante o período das águas. Se a análise for estendida para uma situação em que os animais são confinados no final das águas e na entrada da estação seca, o resultado seria ainda mais notável, uma vez que animais que entram no confinamento vindos de um plano nutricional na recria tendem a ficar menos tempo no cocho para atingirem peso de abate, se adaptam muito mais rápido à dieta, apresentam melhor rendimento de carcaça e, consequentemente, deixam mais dinheiro no bolso.
 

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